São Paulo, segunda-feira, 07 de janeiro de 2008

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CIDA SANTOS

O drama italiano


A equipe tricampeã mundial nos anos 90 vive crise, terá desfalque importante e corre o risco de não ir a Pequim


A MAIOR batalha por uma vaga nos Jogos de Pequim começa hoje em Izmir, na Turquia. Oito seleções masculinas iniciam a disputa do Pré-Olímpico da Europa. Entre os participantes, países com tradição como a Itália, tricampeã mundial nos anos 90, e a Holanda, campeã olímpica em 96.
O sistema de disputa é simples: as seleções estão divididas em dois grupos. No A, que promete ferver mais, estão Itália, Holanda, Polônia e Espanha. O B tem Sérvia, Finlândia, Alemanha e Turquia. Os dois primeiros de cada chave vão às semifinais. Os vencedores decidem a vaga. A Itália tem sofrido nas últimas temporadas com fracassos sucessivos. O último deles, o sexto lugar no Europeu, valeu a demissão do técnico Gian Paolo Montali. Há três meses no cargo, Andréa Anastasi, campeão europeu comandando a Espanha, tem uma tarefa difícil.
Para complicar, Anastasi não está com sorte: não vai contar com Alessandro Fei, principal atacante italiano. O jogador, de 29 anos e 2,04 m, pegou catapora e não se recuperou para jogar o torneio. Resultado, problemas à vista. O técnico terá que improvisar o ponteiro Cisolla como oposto no lugar de Fei. Em conseqüência, o até então reserva Zlatanov vai assumir a posição de ponteiro titular. A Itália perde muito em potência e eficiência de ataque sem Fei.
Na relação dos 12 de Anastasi, surpresa: o levantador Meoni, 34, titular no torneio classificatório para o Pré-Olímpico, ficou de fora. Na lista dos inscritos, os dois levantadores são da nova geração: Coscione, o titular, tem 28 anos, 1,88 m e Travica, 21 anos e 2,00 m. A Itália, que nos anos 90 disputou com o Brasil o posto de número um do mundo, vive momento delicado.
Bernardi, ponteiro titular tricampeão do mundo na década passada, diz que se a seleção não se classificar para Pequim será uma catástrofe. Dos outros times tradicionais, nenhum enfrentará drama semelhante ao italiano caso não se classifique. Além da tradição da Holanda e da Sérvia, outros concorrentes perigosos são a Polônia, atual vice-campeã mundial, e a Espanha, atual campeã européia.

MAIS UMA CHANCE
As seleções masculinas que não conseguirem vaga nos Pré-Olímpicos continentais terão mais uma chance em um dos três últimos torneios classificatórios mundiais, em maio. As sedes serão Alemanha, Portugal e Japão. Em cada competição estará em jogo uma vaga para Pequim.

SUL-AMERICANO
A Venezuela, comandada pelo brasileiro Ricardo Navajas, e a Argentina fazem hoje o duelo que vale a vaga do Pré-Olímpico da América do Sul. O último confronto entre as duas seleções foi no Sul-Americano, vantagem dos argentinos, com uma vitória por 3 sets a 2.

cidasan@uol.com.br


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