São Paulo, quinta-feira, 07 de janeiro de 2010

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FUTEBOL

Bodas de Cristal


Exatos 15 anos após entrar na Folha, reflito sobre a Copa da África pioneira de 1996, a que marcou a internet no jornal


RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

A PRIMEIRA coluna do ano vai ser fácil a mais egocêntrica da temporada. Anteontem, completei exatos 15 anos de Folha.
Tinha planos de contar quantas colunas já escrevi para o jornal, mas deixarei isso para outra data (recebi orgulhosamente esta coluna em abril de 1997, o que significa que já são algumas boas centenas).
Preferi lembrar de algo mais bacana, a Copa da África de 1996. Eu ainda não era colunista, era apenas um redator/repórter fissurado em futebol internacional e fã de Silvio Lancellotti, o meu antecessor aqui.
"África do Sul joga por título e redenção hoje" foi o título da matéria que apresentou no dia 3 de fevereiro de 1996 a final entre a seleção sul-africana e a Tunísia. Johannesburgo, a capital mundial do futebol em 2010, era só a capital africana da bola pela primeira vez em 1996.
Durante o mês de janeiro daquele ano, aprendi a usar a internet na Redação da Folha. Havia dois computadores com cartazes que convidavam os jornalistas para conhecer a tal nova fonte de informação. Eu, como muitos, olhava desconfiado para aquela novidade e passava direto. Arrisquei um dia e usei a Copa da África como laboratório. Em segundos, tinha acesso a informações sobre seleções praticamente desconhecidas, como Serra Leoa, Burkina Fasso e Moçambique. Se a grande rede mudou a cobertura jornalística de uma forma geral, imagine o que ela fez com quem fala de futebol internacional.
Às vezes é legal olharmos um pouco para trás para tentarmos entender o que acontece hoje (não sei se a Folha tem atualmente algum computador sem acesso à internet). Ficou bem mais fácil escrever sobre o interessante torneio de seleções africanas. São dezenas de jogadores atuando na Europa em alto nível, o espaço dado à disputa na mídia é agora amplo, quase todo mundo sabe ou conhece um pouco das equipes, dos craques, há especialistas aos montes na nova geração de loucos por futebol global... Prova de que os tempos mudam, a Folha chamará a Copa da África agora de Copa Africana de Nações.

BODAS DE PORCELANA
"Freddy Adu: o orgulho americano", coluna de 30.mar.03, falou da maior promessa dos EUA. Ele já fez 20 anos e está no Aris Thessaloniki. Foi o maior mico que "apresentei".

BODAS DE ZINCO
"Diego Maradona ganha eleição disparado", matéria de 10.dez.00, revelou eleição do melhor jogador de futebol do século feita pela Fifa na internet. Foi o meu maior furo.

BODAS DE NEVE
"Futebol europeu tenta esquentar inverno rigoroso", em 11.jan.09, falou como o frio afetou ligas do continente. Agora, é a "ilha" Inglaterra que vê chuva de partidas adiadas.

rodrigo.bueno@grupofolha.com.br


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