São Paulo, sexta-feira, 07 de janeiro de 2011

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Muro

Ronaldinho e Assis, seu irmão e procurador, mantêm a indefinição sobre o futuro do astro e dizem que as negociações vão apenas começar

SÉRGIO RANGEL
DO RIO

A novela e o leilão sobre o futuro de Ronaldinho não acabaram ontem. Pelo contrário. O jogador e Roberto Assis, seu irmão e procurador, decidiram estendê-los.
Depois de reunir uma centena de jornalistas no Copacabana Palace, a dupla deixou o salão do mais sofisticado hotel do Rio após 40 minutos de entrevista pedindo paciência e afirmando que o futuro do meia só será definido na próxima semana.
"Conseguimos o mais difícil, que é a liberação do Milan. A partir de agora, vamos negociar com os clubes brasileiros. Já ouvi três propostas, mas só resolveremos essa situação na próxima terça-feira, ou na quarta", declarou Assis, ao lado do irmão e do vice-presidente do clube italiano, Adriano Galliani.
O procurador, porém, admitiu já ter conversado com dirigentes do Flamengo, do Grêmio e do Palmeiras. Mas negou ter negociado com representantes do Corinthians.
Mesmo assim, nem Assis nem Ronaldinho, 30, deram pistas sobre o futuro.
"É complicado. O Palmeiras tem [o técnico] Felipão. O Grêmio é na minha cidade, e o Flamengo é o Flamengo, tudo isso aqui. É difícil tomar uma decisão", declarou Ronaldinho, que sempre dava um sorriso depois de suas declarações evasivas.
Ontem, o jogador dormiria no Rio. Assis não quis informar se encontraria representantes do clube carioca. Hoje, eles irão para Porto Alegre.
Anteontem, o presidente do Grêmio, Pedro Odoni, havia prometido anunciar hoje o duas vezes melhor do mundo como o principal reforço da equipe para 2011.
"Quero prosseguir no mesmo patamar de vida", afirmou Ronaldinho. "Ter um bom salário, morar em uma excelente cidade e poder jogar os campeonatos importantes. Atualmente, o Brasil pode proporcionar isso. Então, é maravilhoso."
Para assinar a rescisão de contrato do meia, Galliani deixou claro que o clube italiano vai querer receber aproximadamente US$ 8 milhões (R$ 13,8 milhões) ou envolver algum jogador brasileiro na negociação.
Ronaldinho também disse que sua volta ao futebol nacional -ele deixou o Grêmio em 2001 para jogar no Paris Saint-Germain, da França- é uma tentativa de se aproximar da seleção brasileira.
"O momento que o Brasil vive no futebol, com a Copa do Mundo de 2014, e batalhar para voltar à seleção pesaram na decisão. Quero participar de tudo isso", disse o astro, que foi convocado por Mano Menezes para o amistoso contra a Argentina, em novembro, no Qatar.
Embora tenha negado estar fazendo um leilão com o irmão, Assis deve fazer mais uma rodada de negociação com os três -ou mais- clubes nos próximos dias.
"Sempre fui muito sincero e nunca dei nenhum tipo de definição. Vamos ter paciência", declarou Assis.


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