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RÉGIS ANDAKU
Pete e Roger
Sampras sai da toca e diz que Federer baterá seus recordes, mas se recusa a admitir que seria dominado pelo suíço
A ATP provocou. E os aficionados por todo o planeta responderam. Segundo 92% dos
mais de 43 mil torcedores que se
manifestaram no site oficial, o suíço
Roger Federer ainda chegará pelo
menos ao número de 15 Grand
Slams conquistados, ultrapassando
o recorde histórico de Pete Sampras.
O índice dos que acreditam na
proeza do suíço é quase unanimidade -a surpresa, para quem opinou,
seria Federer não manter o ritmo
destes últimos três anos e parar antes de ganhar pelo menos mais cinco
troféus de Grand Slams.
Essa "conversinha fiada" ficaria
restrita ao site e a meia dúzia de fãs e
torcedores fanáticos se não fosse
uma voz conhecida ter se levantado
nestes últimos dias: a de Pete Sampras, apontado por muitos até hoje o
melhor de todos os tempos e cujas
marcas têm sido perseguidas -e ultrapassadas- por Federer.
Ainda em férias, aposentado há alguns anos, bom humor aparente,
Sampras soltou palavras que pareceram sinceras na opinião de jornalistas que as ouviram na semana
passada. Disse não ter dúvida de que
Federer ultrapassará sua marca de
14 Grand Slams. "Ele já tem dez e está ainda no meio da carreira. Como
não vejo ninguém o ameaçando, então acho que vai chegar a 17, 18, 19."
E confirmou até ser fã do suíço.
"Sou mesmo [fã]. Admiro o jogo dele, o temperamento, como ele se
comporta dentro e fora das quadras
também. Admiro as coisas que ele
consegue fazer", babou Sampras.
"Acho que nosso jogo e nossos estilos são até muito parecidos", disse.
Mexendo com os ouvintes, Sampras afirmou ainda: "Seria realmente maravilhoso se pudesse ter acontecido uma partida entre nós quando estávamos no auge". E aí veio a
provocação: Federer no topo dominaria Sampras no auge como está
dominando todo o circuito hoje?
"Não acredito. Meu jogo também
era bom o suficiente para não me
deixar ser dominado. Quando meu
jogo estava no mais alto nível, quando meu serviço funcionava perfeitamente, eu acho que dificilmente seria dominado. Na verdade, naquele
tempo eu me sentia invencível."
Sampras, enfim, concorda que Federer dizimará o mais importante
de seus recordes, mas não admite
acreditar que ele, Pete, não pudesse
fazer frente ao jogo e ao domínio de
Federer nas quadras de tênis. Aos
jornalistas que o ouviam, só restou
perguntar se um tira-teima poderia
resolver essas dúvidas.
Sampras foi categórico, como
sempre: "Quando a gente se aposenta, é claro que sempre se vê voltando
a fazer o que fazia. No meu caso, em
voltar a jogar tênis. Mas tenho certeza de que os meus dias na ATP acabaram. Voltar a jogar [profissionalmente] é totalmente diferente do
estilo de vida que decidi ter agora".
"Eu ainda amo o tênis, jogo duas,
três vezes por semana, mas não tenho saudade da disputa [que envolve o circuito]. Além disso, eu não tenho nada a provar para mim."
NO SUL
O Lagoa Iate Clube recebe até domingo, com entrada franca, o
Cyclus Open (Challenger de Florianópolis), com alguns dos melhores do país e bons tenistas de fora.
AINDA NO SUL
Gustavo Kleine, Aline Berkenbrock (18 anos), André Baran, Maria Claudia Sant'Anna (16), Thiago
Pinheiro, Priscila Garcia (14), Rafael Matos e Jordana Peres (12) foram os campeões da primeira etapa
do Circuito Unimed, em Itajaí.
EM SÃO PAULO
O Credicard Citi MasterCard Junior's Cup faz sua primeira etapa
deste ano nas quadras do Tênis
Clube de Santos, no litoral. A entrada é franca, mas os organizadores
pedem doação de roupas, calçados
e alimentos para ação beneficente
com instituições da cidade.
reandaku@uol.com.br
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