São Paulo, domingo, 07 de fevereiro de 2010

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Com vitória fácil, Corinthians dá folga a atacantes

Na goleada sobre o lanterna Sertãozinho, Mano faz rodízio de atletas; Roberto Carlos joga melhor, e Edno desencanta

Danilo Verpa/Folha Imagem
Marcelo Mattos é abraçado após marcar o 3º gol da equipe

Corinthians 4
Sertãozinho 0


RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

Era mais fácil o sertão virar mar (até por mais uma tempestade de fim de tarde em São Paulo) do que o Sertãozinho vencer o Corinthians ontem.
Com a base que ficou 28 jogos sem perder no Paulista, o time de Mano Menezes marcou 4 a 0 no Pacaembu numa equipe que não ganhou nenhuma partida neste Estadual.
Antes do jogo, o Corinthians havia feito oito gols no torneio. Ontem, anotou a metade disso no time do goleiro Luiz Henrique, que falhou feio no primeiro gol alvinegro, marcado por Chicão logo no oitavo minuto. E poderia ter feito bem mais.
O rodízio corintiano continuou apenas do meio para a frente ontem. A defesa formada por Felipe, Alessandro, Chicão, William e Roberto Carlos atuou o tempo todo. E bem.
Foi a melhor partida até agora do ex-lateral-esquerdo da seleção, que havia sido expulso no mesmo Pacaembu contra o Palmeiras. "Aos poucos eu vou melhorando, vão abrindo os espaços. Até chutei de longe. O Corinthians mostrou que é um time forte", falou Roberto Carlos, que criou grande expectativa numa cobrança de falta, que acabou batida por Chicão.
No primeiro tempo, o grande companheiro de Ronaldo, fora por contusão, deu um chapéu no marcador e chutou para fora numa de suas investidas. O Sertãozinho, que estreou o técnico Paulo Comelli, conseguiu, num lance isolado, acertar a trave.
"A gente precisa ter calma. Não deu tempo de conversar. Chegou outro técnico [saiu Márcio Araújo], mas o estilo ainda é igual", disse o zagueiro Erivelton, do Sertãozinho.
No final do primeiro tempo, Jorge Henrique fez o gol mais belo do dia num chute de fora da área, tirando a bola do goleiro Luiz Henrique. "Foi um gol parecido com aquele contra o Bragantino", falou o jogador, elevado à condição de "Fenômeno" por Roberto Carlos.
"Ele [Jorge Henrique] é um grande jogador, pensa no time", falou o experiente atleta.
Com a vitória bem encaminhada, Mano Menezes fez três trocas no segundo tempo, uma delas na vaga de Tcheco, que saiu machucado. Entraram Jucilei, Morais e Edno, que anotou, enfim, seu primeiro gol pelo time. Antes disso, Marcelo Mattos fizera 3 a 0, aos 15min.
O gol de Edno foi em grande parte obra de Jorge Henrique, que deu perfeita assistência para o ex-jogador da Lusa.
Edno jogou só 15 minutos e continua na lanterna em minutos em campo pelo time no ano. Ele atuou 52 minutos, menos até do que Bill (66 minutos).
"Ele [Edno] foi um jogador disputado por vários clubes grandes", falou Mano, que, na defesa de seu rodízio do meio para a frente, deu uma resposta dura a Elias ontem na coletiva.
"Muita gente boa vai ficar de fora. O Elias não é diferente dos outros e vai ser tratado como os outros", disse o técnico ao saber que o meio-campista havia declarado sua insatisfação por não ser usado na quarta-feira.
Elias disse que ficou bravo por viajar e ser cortado do jogo, mas que havia conversado com Mano e que havia recebido a garantia de que jogaria sempre a partir de agora. "Eu não falei com ele", negou o treinador.
O Corinthians joga agora no sábado, contra a Portuguesa. O time amanhece líder, mas perderá o posto qualquer que seja o resultado do clássico San-São.


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