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FUTEBOL
Em cinco jogos, novato assume papel do último articulador corintiano
Jorge Wagner espanta o fantasma de Ricardinho
EDUARDO ARRUDA
RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL
Eles não se parecem na maneira
de jogar, muito menos no temperamento, mas após cinco jogos e
dois gols pelo Corinthians o meia-atacante Jorge Wagner assumiu o
papel de Ricardinho, o último
grande articulador do Parque São
Jorge, que se transferiu para o São
Paulo no ano passado.
Encontrar um substituto para
Ricardinho havia se transformado numa obsessão para a diretoria corintiana, após Renato fracassar na missão de se tornar o
principal armador do time no segundo semestre de 2002.
Depois de chegar ao clube, o
técnico Geninho disse que o Corinthians precisava se livrar do
"fantasma" de Ricardinho.
Curiosamente, isso aconteceu
com um atleta que tem características diferentes às do agora jogador são-paulino.
"As características são diferentes, e o Jorge está se adaptando ao
Corinthians ainda. Tenho certeza
de que ele poderá render muito
mais", disse Geninho, que até
adaptou o esquema tático da
equipe ao seu novo articulador.
Jorge Wagner virou o cérebro
corintiano se transformando no
jogador mais acionado do clube
no Paulista, segundo o Datafolha.
O ex-cruzeirense também é o que
mais dribla, cruza e finaliza.
"Eu realmente venho treinando
muito e me aprimorando. No Corinthians, estou conseguindo recuperar meu bom futebol", disse
o atleta, que foi dispensado pelo
Cruzeiro após um atrito com o
técnico Wanderley Luxemburgo.
Mesmo tendo sido o principal
armador do Corinthians, Ricardinho não foi o melhor do time em
nenhum dos fundamentos no
Rio-SP-2002, competição que a
equipe disputou em vez do Paulista na última temporada.
Porém os desempenhos de Jorge Wagner, na atual edição do
Paulista, e de Ricardinho, no último Rio-SP, são semelhantes em
alguns fundamentos.
O atual titular corintiano recebe, em média, 44,8 bolas por jogo,
contra 44,1 de Ricardinho.
Com a chegada de Jorge Wagner, o Corinthians começou a trocar menos passes e a finalizar
mais. O meia-atacante faz, em
média, 4,1 finalizações por partida. A média de Ricardinho no
Rio-SP foi de 2,1 conclusões.
O desempenho de Jorge Wagner já faz a diretoria pensar em renovar seu contrato, que vence no
meio do ano. É a vontade do jogador também, que já confidenciou
a amigos que não aceita mais trabalhar com Luxemburgo.
O tímido atleta já caiu nas graças dos companheiros, principalmente de Vampeta, que é seu conterrâneo da Bahia.
"Como bom baiano, Jorge já está aprendendo o que é ser jogador
do Corinthians", disse Vampeta,
que se refere a ele e a Liedson, outro baiano, como "pardais" por
ainda não terem enfrentado todos
os grandes de São Paulo.
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