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F-1 promove duelo de "velhinhos" contra meninos
Grande diferença de idade aparece em pelo menos cinco equipes do Mundial que começa no próximo domingo
Desempenho de Vettel, 22, e Webber, 33, em 2009 é exemplo de que experiência não é garantia obrigatória de melhores resultados
DA REPORTAGEM LOCAL
Nico Rosberg, 24, ainda nem
havia mostrado interesse em
seguir os passos do pai, o ex-
-campeão Keke, quando Michael Schumacher, 41, conquistava seu primeiro título na F-1.
Nico Hulkenberg, 22, começava a ser alfabetizado na escola de sua cidade, a pequena Emmerich, quando Rubens Barrichello, 37, alcançava a "maioridade" no esporte e fazia suas
primeiras provas na categoria
máxima do automobilismo.
A grande diferença de idade
entre os companheiros de Mercedes e Williams, respectivamente, será vista em pelo menos outras três equipes no
Mundial de F-1, que começa no
próximo domingo, no Bahrein.
Na Sauber, além da diferença
de 16 anos entre Pedro de la Rosa e Kamui Kobayashi, o abismo está também na experiência da dupla. O espanhol estreou na categoria em 1999 e
disputou quatro temporadas
antes de se tornar piloto de testes da McLaren, posição que
ocupou até o começo deste ano,
quando acertou com a equipe
suíça. Por outro lado, o piloto
japonês fez apenas duas corridas na F-1, depois que Timo
Glock, titular da Toyota em
2009, sofreu um acidente. Deu
show e terminou a temporada
com o status de revelação.
Na Lotus, que volta à categoria, a diferença não é tão grande
como nos outros times: seis
anos separam Jarno Trulli e
Heikki Kovalainen. Apesar de o
veterano italiano ter mais que o
triplo de corridas disputadas,
os dois têm um número em comum. Venceram um GP.
O fato de pertencerem a diferentes gerações, porém, não
significa que os mais velhos terão obrigatoriamente vantagem sobre os mais jovens.
A dupla da Red Bull é um
exemplo disso. Em sua primeira temporada na equipe e com
21 anos durante metade do
Mundial de 2009, Sebastian
Vettel foi bastante superior ao
colega, Mark Webber, 33.
Venceu quatro corridas contra duas do companheiro, fez
quatro poles contra uma do
australiano e terminou o campeonato como vice-campeão.
Webber foi o quarto colocado.
Nas parcerias que começam
neste ano, como a de Schumacher e Rosberg na Mercedes, a
disputa promete ser acirrada.
Isso porque o jovem alemão
vem de quatro temporadas pela
Williams e quer mostrar que,
agora em uma escuderia de
ponta, tem condição de vencer.
Apesar de terem testado em
dias separados durante a pré-
-temporada, que acabou há
uma semana, em Barcelona,
Rosberg teve melhores tempos
que seu companheiro em duas
das quatro sessões realizadas.
Na Williams, o abismo entre
a experiência de Barrichello e a
inexperiência de Hulkenberg
ainda é uma incógnita.
Enquanto o brasileiro é o recordista de participações na categoria, com 285 GPs, o parceiro nunca fez uma prova na F-1.
Se o desempenho na pré-
-temporada servir como parâmetro, Barrichello terá de ficar
atento. Nas quatro sessões das
quais participaram (cada um
em dias diferentes), Hulkenberg ficou em duas com tempos
melhores que os do brasileiro.
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