São Paulo, segunda-feira, 07 de março de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

PRANCHETA DO PVC

PAULO VINICIUS COELHO - pvc@uol.com.br

Clássico do futebol-arte

MELHOR TIME do mundo, o Barcelona teve 82% de posse de bola no 1 a 0 sobre o Zaragoza, no sábado. Mas não jogou o que pode. No fim, um lançamento brilhante de Edmilson para Sinama-Pongolle só não pôs o francês na cara do gol porque Piqué fez a falta.
Melhor ataque da Copa dos Campeões, o Arsenal não fez um golzinho no empate com o Sunderland, anteontem. A vitória deixaria o time de Arsène Wenger a um ponto do Manchester United na disputa pelo título inglês, que não é seu há sete temporadas.
Por que o Barcelona, até quando não joga bem, encurrala o rival sem permitir que toque na bola por mais de 30% do tempo? E por que o Arsenal ganha jogos improváveis e perde pontos tão tolos, como no sábado?
Há quem responda a primeira pergunta com o novo posicionamento de Messi.
Se você pensar que o Barça joga assim desde 2004, estará claro que o diferencial não é Messi ter virado o ponta de lança centralizado, no 4-3-3 de Guardiola. Mas é fato que Messi surpreende cada vez mais com sua movimentação.
Não é centroavante típico, mas está sempre no lugar certo para fazer o gol -são 27 em 24 jogos do Espanhol. Aparece do lado direito, onde jogava no passado recente, para fazer jogadas decisivas, como a do gol de Keita, contra o Zaragoza. Mas explora mesmo o setor às costas dos volantes, onde recebe e faz a bola rodar para outros decidirem. Quando não funciona, ele mesmo resolve.
Tudo isso faz o Barcelona favorito para avançar às quartas de final. Mas o Arsenal é capaz de emplacar jogos surpreendentes e ganhar com algumas das atuações mais belas do futebol mundial. Por isso, não há outro jeito de definir o jogo de amanhã, a não ser o clássico do futebol-arte.

O NOVO ROBINHO
Robinho entrou na etapa final de Juventus 0 x 1 Milan. Com Cassano atacante, ao lado de Ibrahimovic, jogava como meia de ligação. Foi assim que Mano Menezes o escalou contra a França. Queria Robinho e Renato Augusto lado a lado, com três homens pouco atrás e Pato centroavante. Não funcionou -Renato Augusto jogou aberto demais pela direita. Atento ao novo Robinho, Mano vai contar com ele na Copa América.


Texto Anterior: Palmeiras: Tropeços em sequência fazem time cair na real
Próximo Texto: Italiano: Inter de Milão vira, e Leonardo bate recorde no torneio
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.