São Paulo, sábado, 7 de março de 1998

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FUTEBOL
Além do técnico Luiz Felipe Scolari, oito atletas da equipe disputam pela primeira vez Campeonato Paulista
Palmeirenses debutam contra Guarani

LUIZ CESAR PIMENTEL
da Reportagem Local

Mais que a estréia do Palmeiras no Paulista-98, a partida contra o Guarani, hoje, no Pacaembu, será a estréia de oito jogadores naquele que, de antemão, consideram o torneio mais difícil do país.
São eles: Pimentel, Júnior Tuchê, Lauro, Arílson, Arce, Alex, Oséas e Paulo Nunes. Confirmados titulares estão os quatro últimos.
Além deles, do banco de reservas, Luiz Felipe Scolari dirigirá o time pela primeira vez em um Paulista. Entre todos, é o que mostra maior descontração.
"Aqui, aonde você for, encontra bons estádios. Bravo é jogar em Passo Fundo (RS), onde tem meio metro separando a torcida do campo e nego fica te fincando guarda chuva", afirma.
O discurso do treinador não encontra eco entre os jogadores.
"No Paraná, só três times, Atlético, Coritiba e Paraná, têm chance de chegar. Aqui, qualquer um pode ser campeão", afirma Oséas, ex-jogador do Atlético-PR.
Nem aqueles que trabalharam com Scolari no Grêmio, como Paulo Nunes, concordam com as benesses apontadas pelo técnico.
"As equipes que são consideradas pequenas aqui se jogarem o Campeonato Gaúcho podem chegar a disputar o título", afirma.
Outra preocupação de Paulo Nunes refere-se à forma de disputa do torneio. Nesta segunda fase, na qual entram Palmeiras, São Paulo, Corinthians e Santos, os 12 participantes foram divididos em dois grupos. Classificam-se para a semifinal os dois melhores de cada grupo, após disputa em turno e returno. Cada time, assim, realiza dez jogos pela classificação.
"Time que perde a primeira partida já fica em situação difícil para tentar recuperar depois. É quase um mata-mata", diz.
Nesse ponto, a idéia entra em concordância com a do treinador.
"Quem conseguir resultado melhor agora fica em posição mais tranquila para a parte final do torneio, quando começam os problemas com cartões e lesões e é mais difícil administrar", afirma.
Quanto à utilização do Pacaembu, em virtude de o Brinco de Ouro, em Campinas, ter sido interditado pela queda de um muro que cercava a arquibancada, o atacante fica mais otimista.
"Eu não me lembro de nenhuma partida que joguei lá e não gostei."
O lateral Arce, que ficou quatro dias sem treinar após passar por cirurgia para tratar infecção dentária, foi confirmado titular.
Quanto à utilização de Viola, já recuperado de contusão, o treinador palmeirense descarta a opção.
"O Viola não tem ritmo. Sem ritmo, não vai nem para o banco, de jeito nenhum. E eu estou contente com o Cris", descarta o treinador.
NA TV - Bandeirantes e Record, ao vivo, às 16h



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