DA REPORTAGEM LOCAL

Além de assediar os candidatos a presidente, a CBF trabalha para ficar forte no Congresso. Quer aproximação com a presidência da Câmara e batalha para expandir sua base aliada.
A bancada da bola ligada à confederação trabalha para conquistar o apoio do presidente da Casa, Aldo Rebelo (PC do B-SP), ex-presidente da CPI da CBF/ Nike.
Essa seria a melhor maneira, argumentam os deputados próximos à CBF, de mostrar à sociedade que Teixeira adotou uma postura progressista e construtiva após o término das comissões.
Rebelo, no entanto, ainda se mostra resistente a apoiar publicamente a entidade que ajudou a devassar em 2000 e 2001.
Além disso, a confederação prepara-se para remontar parte da sua base aliada. Membros da bancada da bola, Pedro Corrêa (PP-PE) já foi cassado e José Janene (PP-PR) corre risco de seguir o mesmo caminho. Bispo Rodrigues, ex-PL-RJ, recebeu doação da CBF e também foi cassado.
Na eleição de 2002, a CBF deu mais de R$ 1 milhão a políticos.
Vice-presidente da confederação no Centro-Oeste, Weber Magalhães (PFL), será candidato a deputado federal. Ele acompanha Teixeira nas suas visitas ao Planalto e ao Congresso Nacional.
"Acho que tem que ter gente da área batalhando no Congresso", disse Magalhães, que também ganhou doação da CBF em 2002.
Ainda há dois presidentes de federações no parlamento: Marco Antônio Vicente, deputado federal do PTB-ES, e Leomar Quintanilha, senador do PC do B-TO.
A assessoria de Quintanilha disse que ele pode ser candidato a governador de Tocantins. Vicente não foi encontrado.
Já o PT Gaúcho pega carona no futebol ao tentar lançar o árbitro Carlos Eugênio Simon, que atuará na Copa do Mundo, para deputado estadual ou federal em eleições futuras. Ele é filiado ao partido desde o tempo que era bancário.
"Temos essa vontade. Mas, infelizmente ele [Simon], não poderá concorrer neste ano porque o período de inscrições será durante à Copa", disse Francisco Jorge Vicente, presidente do PT de Porto Alegre. (JAB E RM)

Colaborou Kleber Tomaz, da Reportagem Local

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