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Massa põe fim a tabu e a jejum em "GP chato"
Piloto lidera após ultrapassagem na
largada no Bahrein e, enfim, pontua
Em sua sexta vitória pela
Ferrari, brasileiro quebra
escrita de que precisa largar
na pole para terminar prova
de F-1 na primeira posição
TATIANA CUNHA
DA ENVIADA A SAKHIR
Depois de dominar o final de
semana todo e perder a pole position para Robert Kubica no
fim do treino de classificação,
Felipe Massa sabia que precisaria também quebrar uma escrita para triunfar ontem.
E conseguiu quebrar. Pela
primeira vez na F-1, o brasileiro
venceu uma corrida sem ter
largado do primeiro posto do
grid. Na verdade, porém, foi
praticamente como se tivesse.
Apesar de sair do lado sujo da
pista, pulou à frente do piloto
da BMW logo depois da largada. Kimi Raikkonen, que saíra
em quarto, rapidamente assumiu a terceira colocação.
"A verdade é que largar em
segundo não mudou nada, porque fiz uma ótima largada e vi
que o Robert patinou um pouco, o que me ajudou a fazer a ultrapassagem", afirmou Massa.
Mas o que parecia fácil se
complicou um pouco depois
que o Toro Rosso de Sebastian
Vettel despejou óleo na pista.
Massa e Kubica tiveram dificuldades, e Raikkonen se aproveitou para passar o polonês.
A partir daí a dupla ferrarista
iniciou um duelo particular,
cravando volta mais rápida
atrás de volta mais rápida.
O finlandês foi o primeiro a
fazer seu pit stop. Escaldado
por ter perdido a liderança para
o parceiro na Malásia nesta
mesma situação, Massa anotou
o melhor giro antes de entrar
nos boxes, após uma volta.
O piloto brasileiro voltou à
frente de Raikkonen com pouco mais de cinco segundos de
vantagem. E mais uma vez os
dois pilotos ferraristas passaram a alternar melhores voltas.
"A verdade é que foi uma corrida chata", reconheceu Massa.
"Fiz a corrida toda em cima
do meu companheiro, controlando nossa diferença. Meu engenheiro me passava volta a
volta os tempos dele e, dependendo disso, eu aumentava ou
diminuía o meu ritmo para
manter uma vantagem segura
de três, quatro segundos sobre
ele", comentou o brasileiro.
A situação ficou inalterada
até a segunda janela de paradas,
quando Massa então aumentou
sua folga para Raikkonen para a
casa dos seis segundos.
A partir de então, os dois passaram apenas a administrar o
ritmo, já que Kubica, mesmo
tendo apertado no final, não
chegou a ameaçar as Ferraris
de fato em nenhum momento.
"Uma vez que conseguimos
as posições que queríamos, pedimos para os pilotos terem
cuidado com os carros, já que
não havia mais necessidade de
apertar o ritmo e correr riscos
desnecessários", explicou Luca
Baldisserri, um dos chefes da
equipe italiana, que festejou no
Bahrein a primeira dobradinha
da temporada, a centésima vitória sob a administração de
Luca di Montezemolo.
"Foi uma corrida sensacional, o carro estava perfeito, fácil
de guiar. E consegui manter um
ótimo ritmo", festejou Massa,
que, com o triunfo de ontem, o
sexto pela Ferrari, igualou o
número de vitórias de Gilles
Villeneuve e Jacques Ickx pela
escuderia de Maranello.
Já Raikkonen, mesmo tendo
chegado em segundo lugar, assumiu a liderança do Mundial
de F-1, três pontos à frente de
Nick Heidfeld, da BMW, o
quarto colocado ontem.
"O final de semana todo foi
difícil para mim", afirmou o
atual campeão mundial. "Foi
um daqueles que você não consegue acertar o carro, mas, apesar disso, estou na frente no
Mundial, o que é o mais importante", disse o finlandês.
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