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Cielo bate Phelps com o maiô polêmico
DA REPORTAGEM LOCAL
Com o polêmico maiô LZR
Racer, César Cielo, 21, conquistou ontem sua primeira vitória
no GP de Ohio (EUA), superando o fenômeno Michael Phelps,
em uma prova que não é especialidade do norte-americano.
Com 48s34, o brasileiro também bateu o recorde sul-americano, que já havia obtido no GP
do Missouri (48s49). Ainda assim, Cielo está bem distante da
melhor marca do mundo
(47s50), registrada pelo francês
Alain Bernard no mês passado.
Phelps foi o vice-campeão da
prova, cumprindo a distância
em 48s41. Anteriormente, o
norte-americano havia triunfado nos 100 m borboleta e nos
400 m medley no GP de Ohio.
Nas eliminatórias, Cielo já ficara em primeiro lugar, com a
marca de 48s64. Phelps marcara o terceiro melhor tempo.
Em Ohio, o brasileiro já havia
obtido o segundo posto nos 50
m livre anteontem, com o tempo de 21s93 -sua melhor marca na prova é 21s84. Ele chegou
apenas três centésimos depois
do francês Fred Bousquet.
As provas de velocidade, como as que Cielo obteve medalhas, foram as mais beneficiadas pelo LZR Racer, o maiô da Speedo lançado neste ano.
Só nos 50 m livre foram quatro quebras do recorde mundial
em 2008, sendo que a melhor
marca pertence agora ao australiano Eamon Sullivan, que
cravou 21s28 no mês passado.
Devido à onda de recordes
-foram 18 com a nova indumentária-, o LZR Racer vem
sendo bombardeado por críticas de federações e fabricantes.
Ontem foi a vez de a Itália vetar o maiô em seu Campeonato
nacional -o Canadá já havia tomado decisão semelhante.
Para os dirigentes italianos, o
uniforme fere o artigo 5.6 do regulamento da Fina (Federação
Internacional de Natação), que
determina que os fabricantes
disponibilizem o maiô para todos os competidores.
Além do revés na Itália e no
Canadá, a Speedo também já
sofreu críticas de suas concorrentes Arena e Diana.
A segunda, uma pequena empresa italiana, assegura que havia fabricado um modelo similar em 1974, mas o material havia sido vetado pela Fina, que
agora o liberou para a Speedo,
uma de suas patrocinadoras.
Assolada por críticas, a federação internacional reagiu ontem. A entidade soltou comunicado dizendo que o processo de
aprovação do maiô teve início
em 21 de novembro de 2005,
sem que as concorrentes tenham se manifestado antes.
Para a Fina, não há evidência
que o LZR Racer, da Speedo, e o
Trazer Light, da TYR, outro alvo de críticas, concedam alguma vantagem a seus usuários.
A federação lembrou que
chamou os fabricantes de material esportivo para participar
de uma reunião, no dia 28 de fevereiro, para discutir os novos
maiôs. O encontro ocorreu na
etapa de Manchester da Copa
do Mundo de piscina curta.
Com agências internacionais
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