São Paulo, quinta-feira, 07 de abril de 2011

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Para times, Malásia deve ser parâmetro

F-1
Segundo GP do ano promete sanar dúvidas sobre pneus da Pirelli e configuração de forças na categoria


TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A SEPANG

Depois de uma abertura de Mundial atípica na Austrália, há dez dias, pilotos e equipes esperam ter uma ideia mais real do que deve ser a temporada da F-1 a partir de hoje, com os primeiros treinos livres para o GP da Malásia.
A prova, que acontece neste domingo, às 5h (de Brasília), deve ajudar a entender melhor não só o comportamento dos pneus da Pirelli como também a distribuição de forças na categoria.
Em Melbourne, a tranquila vitória de Sebastian Vettel e sua Red Bull e o mínimo desgaste dos compostos deixaram a impressão de que a primeira etapa não foi representativa do que deve ser o Mundial daqui para a frente.
O primeiro a questionar o domínio da Red Bull é o próprio chefe do time, Christian Horner. "As outras equipes não querem ficar para trás e vão fazer o possível para serem mais competitivas na Malásia", disse o dirigente.
De fato. A McLaren, que colocou Lewis Hamilton no segundo degrau do pódio, não fala sobre as novidades que terá em Sepang.
A Ferrari, decepção na estreia do Mundial, já disse que testará pelo menos quatro itens novos em seus carros.
A própria Red Bull pode dar um salto de performance, caso resolva usar o Kers na Malásia. O time fará um teste hoje para tomar a decisão.
Na Austrália, a equipe não usou o sistema que armazena a energia das freadas e a transforma em potência por temer problemas de confiabilidade -estima-se que o ganho por volta seja de três décimos quando ele é utilizado.
"Albert Park é um grande circuito, mas é em uma pista como a de Sepang que as diferenças começam a ficar evidentes", declarou Hamilton.
O asfalto abrasivo e a elevada temperatura na Malásia também servirão para responder às dúvidas que ficaram sobre os pneus Pirelli.
Apesar da expectativa de os compostos se desgastarem mais rapidamente e deixarem as provas mais emocionantes, na Austrália a situação foi bem diferente, resultado da baixa temperatura e do traçado.
"A Pirelli nos disse que, quanto mais quente ficar a pista, menor a diferença entre os dois tipos de pneus. Mas não sabemos como isso acontecerá, já que nunca andamos nessas condições", afirmou Pat Fry, diretor técnico da Ferrari. "Descobrir isso será fundamental durante estas primeiras sessões."
Mas as novidades a serem testadas e as dúvidas a resolver estão sujeitas às intempéries da Malásia. Como de costume, há previsão de chuva pela tarde até domingo.


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