São Paulo, domingo, 07 de maio de 2006

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FUTEBOL

Mesmo sem saber se será efetivado, Marcelo Vilar planeja futuro do time

Reconstrução palmeirense parte de "arquiteto tampão"

Werther Santana/Gazeta Press
Marcelo Vilar, que tenta se firmar como técnico e reabilitar o time, observa treino do Palmeiras


PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

A eliminação da Taça Libertadores provocou no Palmeiras a sensação de que a hora é de pôr fim num ciclo que não deu certo. E rever, ainda que precocemente, todo o planejamento para uma temporada que, vislumbravam os dirigentes do Parque Antarctica, seria vitoriosa para o clube.
E o jogo de hoje, às 16h, contra o São Caetano, no estádio Anacleto Campanella, é visto como o recomeço palmeirense em 2006.
Esse recomeço, entretanto, está sendo arquitetado por alguém que ainda não sabe se participará da continuação da recuperação.
Marcelo Vilar, o técnico que assumiu interinamente o time no vácuo da saída de Emerson Leão, às vésperas de uma seqüência de três clássicos, é quem encabeça a revisão da temporada do time do Parque Antarctica.
Desde que foi alçado do Palmeiras B para tapar o buraco na equipe principal, Vilar tem falado e trabalhado como se tivesse a certeza de que continuará no cargo.
"Eu me considero o treinador do Palmeiras enquanto eu estiver aqui. Não quero pensar sobre outro assunto. Acredito em mim, no meu trabalho", discursa Vilar, que também age como titular.
"Outro dia, ele ficou comigo no CT até as nove horas da noite conversando sobre o que fazer para melhorar o time", lembra o diretor de futebol palmeirense, Salvador Hugo Palaia.
E o treinador também tem colocado em prática sua filosofia do "eterno enquanto durar". Em pouco mais de uma semana e ainda na condição de interino -que até pode mudar conforme o placar do confronto de hoje-, Vilar já apagou muito do estilo implantado pelo ex-técnico e todo-poderoso (antes de sofrer a goleada por 6 a 1 para o Figueirense) Leão.
Adepto dos ensinamentos de livros de auto-ajuda e ligado a conceitos como "trabalho em conjunto" da comissão técnica -inclua-se nessa receita psicólogos e fisiologistas, profissionais que não eram bem-vindos durante o reinado de Leão no CT-, Vilar já pediu para contar com avaliações psicológicas e físicas do elenco.
Já no jogo com o São Caetano essas avaliações serão levadas em conta para a escalação do time. Segundo o treinador, o recomeço do Palmeiras, que entra na quarta rodada do Brasileiro sem nenhum ponto e como lanterna do campeonato, passa pela recuperação imediata dos jogadores.
A atitude de Vilar no comando do Palmeiras tem agradado e conquistado os dirigentes do clube.
Conselheiros e até o presidente Affonso della Monica elencam "a competência, a coragem e o conhecimento técnico e tático do futebol" como virtudes detectadas no treinador oriundo do time B.
Depois da decisão de Geninho, o preferido para assumir o cargo, de continuar no Goiás, os palmeirenses já vêem como real a chance de Vilar ser efetivado.


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