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Corinthians volta ao normal, mas vence
Time mostra só mesma disposição da goleada contra o Goiás, mas no sufoco e com dois gols de Herrera, bate São Caetano
Corinthians 2
São Caetano 1
Fernando Donasci/Folha Imagem
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O argentino Herrera comemora com o uruguaio Acosta seu segundo gol no Morumbi, que deu a vitória ao Corinthians diante do São Caetano a poucos minutos do fim do jogo pela Copa do Brasil
DA REPORTAGEM LOCAL
A torcida não viu a série de
gols do último jogo. Também
não viu as conclusões eficientes
dos atacantes. Nem mesmo a
blitz de marcação na frente.
Diferentemente do jogo
diante do Goiás, o Corinthians
voltou a ser um time mediano,
mas repetiu a disposição e o
apoio da torcida. Com isso, de
forma sofrida, a equipe foi capaz de superar o São Caetano
por uma diferença mínima, na
primeira partida das quartas-de-final da Copa do Brasil, ontem à noite.
É bom que se diga que o Corinthians jogou bem por 55 minutos. E só conseguiu o resultado graças as atuações decisivas
de seus pratas-da-casa Dentinho e Lulinha, assim como do
argentino Herrera, autor dos
dois gols (ambos de cabeça).
O início era pouco animador
do jogo para os corintianos. Era
fato que o time era mais ofensivo e dominava as ações do jogo.
Só que se as jogadas pelas laterais saíam e não chegavam passes para o arremate dos homens de meio e frente.
Ao contrário dos assustados
goianos, o time do ABC marcava bem e tinha um contra-ataque forte pela esquerda com
Luan. Tanto que ameaçou em
alguns chutes de fora da área.
O Corinthians, diga-se, teve
um pênalti ao seu favor não
marcado pelo juiz Rodrigo Braghetto, quando Leonardo meteu a mão na bola após cruzamento de Herrera.
Mas, se prejudicou o time do
Parque São Jorge neste lance, o
árbitro o ajudou em seguida.
Dentinho driblou pela direita
e foi derrubado por Wilton
Goiano, expulso ao tomar o segundo amarelo, aos 33 do primeiro tempo.
Mas, como o time continuava
ineficiente, o técnico Mano
Menezes trocou logo dois jogadores no intervalo.
Saiu Diogo Rincón, nova esperança de gols, para entrar
Acosta, principal reforço do
ano e que era a aposta no início
da temporada. E Eduardo Ramos estreava no lugar de Perdigão, que, lento, errava a maioria
dos passes no primeiro tempo.
A luta continuou, e o São
Caetano seguiu acuado. Mas o
time não acertava as jogadas,
salvo no abafa. E o time do ABC
sabia rebater as bolas na área.
Na falta de criatividade corintiana, a exceção eram os dribles de Lulinha -que já foi alvo
de várias críticas da torcida-,
pela direita. Ele envolveu os zagueiros do São Caetano em seguidas ocasiões.
Até que recebeu uma bola
limpa na ponta. E, aos 23min
do segundo tempo, cruzou na
cabeça de Herrera para abrir o
placar para os corintianos.
Mas, então, a correria do time foi estancada. A equipe pareceu se acomodar com o resultado, tocando mais a bola em
vez de pressionar o adversário.
Uma bola espirrada do São
Caetano fez essa atitude mudar. Aos 39min, Luan recebeu
em velocidade, ganhou de William e chutou para empatar.
A torcida calou-se, em um
clima de velório no estádio. Só
que Dentinho, que já era criticado pelos torcedores, driblou
e cruzou na área aos 42min para, novamente, Herrera fazer
de cabeça e mudar o clima.
Alívio. "Foi ótimo, o Mano falou para trabalhar a bola e deu
certo", explicou Dentinho.
"Ficou claro que o São Caetano sempre dificulta. Deu um só
chute, e quase complica no
fim", disse o goleiro Felipe.
Último a sair de campo ontem, Herrera foi ovacionado
pela torcida. Torcida que também se deu ao luxo de gritar
"olé" para o São Caetano, apesar do sofrimento da vitória.
O Corinthians volta a jogar
no sábado, contra o CRB, em
Alagoas, na estréia da Série B
do Brasileiro.
(RODRIGO MATTOS)
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