São Paulo, quarta-feira, 07 de maio de 2008

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Corinthians volta ao normal, mas vence

Time mostra só mesma disposição da goleada contra o Goiás, mas no sufoco e com dois gols de Herrera, bate São Caetano

Corinthians 2
São Caetano 1

Fernando Donasci/Folha Imagem
O argentino Herrera comemora com o uruguaio Acosta seu segundo gol no Morumbi, que deu a vitória ao Corinthians diante do São Caetano a poucos minutos do fim do jogo pela Copa do Brasil

DA REPORTAGEM LOCAL

A torcida não viu a série de gols do último jogo. Também não viu as conclusões eficientes dos atacantes. Nem mesmo a blitz de marcação na frente.
Diferentemente do jogo diante do Goiás, o Corinthians voltou a ser um time mediano, mas repetiu a disposição e o apoio da torcida. Com isso, de forma sofrida, a equipe foi capaz de superar o São Caetano por uma diferença mínima, na primeira partida das quartas-de-final da Copa do Brasil, ontem à noite.
É bom que se diga que o Corinthians jogou bem por 55 minutos. E só conseguiu o resultado graças as atuações decisivas de seus pratas-da-casa Dentinho e Lulinha, assim como do argentino Herrera, autor dos dois gols (ambos de cabeça).
O início era pouco animador do jogo para os corintianos. Era fato que o time era mais ofensivo e dominava as ações do jogo. Só que se as jogadas pelas laterais saíam e não chegavam passes para o arremate dos homens de meio e frente.
Ao contrário dos assustados goianos, o time do ABC marcava bem e tinha um contra-ataque forte pela esquerda com Luan. Tanto que ameaçou em alguns chutes de fora da área.
O Corinthians, diga-se, teve um pênalti ao seu favor não marcado pelo juiz Rodrigo Braghetto, quando Leonardo meteu a mão na bola após cruzamento de Herrera.
Mas, se prejudicou o time do Parque São Jorge neste lance, o árbitro o ajudou em seguida.
Dentinho driblou pela direita e foi derrubado por Wilton Goiano, expulso ao tomar o segundo amarelo, aos 33 do primeiro tempo.
Mas, como o time continuava ineficiente, o técnico Mano Menezes trocou logo dois jogadores no intervalo.
Saiu Diogo Rincón, nova esperança de gols, para entrar Acosta, principal reforço do ano e que era a aposta no início da temporada. E Eduardo Ramos estreava no lugar de Perdigão, que, lento, errava a maioria dos passes no primeiro tempo.
A luta continuou, e o São Caetano seguiu acuado. Mas o time não acertava as jogadas, salvo no abafa. E o time do ABC sabia rebater as bolas na área.
Na falta de criatividade corintiana, a exceção eram os dribles de Lulinha -que já foi alvo de várias críticas da torcida-, pela direita. Ele envolveu os zagueiros do São Caetano em seguidas ocasiões.
Até que recebeu uma bola limpa na ponta. E, aos 23min do segundo tempo, cruzou na cabeça de Herrera para abrir o placar para os corintianos.
Mas, então, a correria do time foi estancada. A equipe pareceu se acomodar com o resultado, tocando mais a bola em vez de pressionar o adversário.
Uma bola espirrada do São Caetano fez essa atitude mudar. Aos 39min, Luan recebeu em velocidade, ganhou de William e chutou para empatar.
A torcida calou-se, em um clima de velório no estádio. Só que Dentinho, que já era criticado pelos torcedores, driblou e cruzou na área aos 42min para, novamente, Herrera fazer de cabeça e mudar o clima.
Alívio. "Foi ótimo, o Mano falou para trabalhar a bola e deu certo", explicou Dentinho.
"Ficou claro que o São Caetano sempre dificulta. Deu um só chute, e quase complica no fim", disse o goleiro Felipe.
Último a sair de campo ontem, Herrera foi ovacionado pela torcida. Torcida que também se deu ao luxo de gritar "olé" para o São Caetano, apesar do sofrimento da vitória.
O Corinthians volta a jogar no sábado, contra o CRB, em Alagoas, na estréia da Série B do Brasileiro. (RODRIGO MATTOS)


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