São Paulo, quinta-feira, 07 de maio de 2009

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FUTEBOL

Alegria quase geral


Pintou a final de Copa dos Campeões que quase todos queriam, um tira-teima para ver mesmo quem é o melhor


RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

T IVE a sorte de acompanhar o jogaço de ontem cercado por amigos, o que sempre deixa a partida muito mais legal. Só um dos meus camaradas torcia para o Chelsea. O resto da galera empurrava do jeito que podia o Barcelona, que ontem não ia nem com os berros do mais espetaculoso dos narradores.
Domínio do Chelsea, chances desperdiçadas pelo Chelsea, pênaltis para o Chelsea não marcados, e a confiança no futebol mágico resistia até o fim. Parecia obrigação o Barcelona de Messi estar na final com o poderoso Manchester United (a semifinal de terça deu um sono...). Mas quem viu o jogo de ontem, sem torcer, sabe que o Chelsea ""mereceu", pelo duelo, ir à decisão. Por mais que Luiz Felipe Scolari possa ter secado o Chelsea de Guus Hiddink, talvez até ele veja como um ""pecado" a eliminação de seu ex-clube, que melhorou trocentos % após sua saída.
Eu não sou do time que gosta de avaliar ""merecimento". Se o Iniesta acertou um chute nos segundos finais e decretou o empate (o Chelsea de Hiddink não perdeu na Copa dos Campeões), palmas para ele e sua bela equipe. Se ele, que foi um raro destaque do visitante ontem, tivesse errado aquele ""dois dedos" e avançasse o Chelsea, viva o time londrino que não é vistoso porém é ótimo.
Time londrino vistoso? O Arsenal (engolido, mais uma vez, pela força do Manchester United). A final em Roma será a arte do Barcelona contra o que do Manchester? O time inglês tem a defesa mais forte. E só? Ronaldo x Messi. Em 2009, Messi. Ataque do Manchester x ataque do Barça. Nos números, o do Barça.
Meio consistente dos Diabos Vermelhos x meio insinuante dos catalães. Na fantasia, o do time espanhol. Sem entrar na discussão de que Barcelona é uma cidade bem mais atraente que Manchester (há quem discorde, como minha prima Isabel, fã do Oasis e vizinha do City of Manchester), creio que o mundo estará bem dividido na sensacional final. O campeão que não perde há 25 jogos impõe um respeito monstro. E o desafiante encanta até quem tem coração frio. Essa eletrizante discussão continua nos próximos capítulos...

GRIPE QUASE GERAL
O momento mais bacana da Libertadores começou com três duelos adiados. Lamentável, como a gripe. Razões comerciais fazem com que a maioria dos jogos da Libertadores ocorram em horas diferentes, o que é bacana (mesmo na fase de grupos, diferentemente da Copa dos Campeões). Mas fatiar dessa forma o mata-mata foi triste. Rodada dupla em Montevidéu (com Chivas x São Paulo na preliminar) e em São Paulo (com San Luis x Nacional como preliminar) me pareceu, desde o início, a decisão mais lógica a ser tomada devido à situação apresentada. Razões comerciais (não médicas) menores impediam até ontem esse desfecho. Espírito de porco!

rodrigo.bueno@grupofolha.com.br


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