São Paulo, quinta-feira, 07 de maio de 2009

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Transferência de atletas cria impasse no Brasileiro

CBF anuncia que jogadores não podem trocar de time se jogarem uma partida

Clube dos 13 reclama não ter sido consultado sobre mudança e pede a entidade que recue e volte ao limite de 6 jogos para mudanças


EDUARDO ARRUDA
DO PAINEL FC

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Pressionado pelos clubes, o diretor de competições da CBF, Virgílio Elísio, anunciou ontem um recuo em relação ao artigo que regula a transferência de jogadores de um time para o outro durante o Brasileiro-09, que começa neste sábado.
Antes de declarar que a CBF estuda mexer no regulamento das competições, Elísio havia afirmado que os jogadores que atuarem por apenas uma partida no Brasileiro não poderiam mais vestir a camisa de outro clube na mesma divisão.
Até 2008, existia um limite de seis jogos disputados para que um atleta pudesse trocar de equipe no meio do torneio. A maioria dos participantes quer a volta do artigo que estipula um número mínimo de jogos para um atleta se transferir de clube durante a competição.
""Vou me reservar e só toco nesse assunto na segunda-feira. Vou consultar agora o departamento jurídico da CBF para ver o que podemos fazer", disse Elísio, na abertura do Seminário das Séries A e B. O evento foi realizado na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
O principal argumento da CBF para incluir o artigo é o de que a entidade quer que os atletas criem uma identidade maior com seus clubes.
O problema na indefinição sobre a redação do artigo é que os treinadores poderão ter que mudar a escalação dos seus times na primeira rodada. Eles temem que a CBF mantenha a decisão na segunda.
""Não gostei da forma como aconteceu. Eles não consultaram os clubes, mas temos que acatar. Imagina se um atleta tem um problema no clube e tivermos que ficar com ele todo o campeonato", declarou o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, antes de saber que a CBF poderá recuar.
O presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, também protestou sobre a decisão da CBF. Ele pediu ao diretor da entidade que estudasse a mudança.
""Fomos surpreendidos com a alteração. Os clubes ficaram inconformados. Não houve nem debate. O problema é que vai acabar enfraquecendo até a segunda divisão, onde os times da Série A vão ter que buscar os seus reforços durante a competição", afirmou Koff.
O presidente em exercício do Flamengo, Delair Dumbrosck, disse que a decisão da CBF não atrapalhará o clube carioca. ""Não vejo problema. No meio do ano, existe a janela de transferência de atletas do exterior", disse o dirigente.


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