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Transferência de atletas cria impasse no Brasileiro
CBF anuncia que jogadores não podem trocar de time se jogarem uma partida
Clube dos 13 reclama não
ter sido consultado sobre
mudança e pede a entidade
que recue e volte ao limite
de 6 jogos para mudanças
EDUARDO ARRUDA
DO PAINEL FC
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Pressionado pelos clubes, o
diretor de competições da CBF,
Virgílio Elísio, anunciou ontem
um recuo em relação ao artigo
que regula a transferência de
jogadores de um time para o
outro durante o Brasileiro-09,
que começa neste sábado.
Antes de declarar que a CBF
estuda mexer no regulamento
das competições, Elísio havia
afirmado que os jogadores que
atuarem por apenas uma partida no Brasileiro não poderiam
mais vestir a camisa de outro
clube na mesma divisão.
Até 2008, existia um limite
de seis jogos disputados para
que um atleta pudesse trocar
de equipe no meio do torneio. A
maioria dos participantes quer
a volta do artigo que estipula
um número mínimo de jogos
para um atleta se transferir de
clube durante a competição.
""Vou me reservar e só toco
nesse assunto na segunda-feira. Vou consultar agora o departamento jurídico da CBF
para ver o que podemos fazer",
disse Elísio, na abertura do Seminário das Séries A e B. O
evento foi realizado na Barra da
Tijuca, zona oeste do Rio.
O principal argumento da
CBF para incluir o artigo é o de
que a entidade quer que os atletas criem uma identidade
maior com seus clubes.
O problema na indefinição
sobre a redação do artigo é que
os treinadores poderão ter que
mudar a escalação dos seus times na primeira rodada. Eles
temem que a CBF mantenha a
decisão na segunda.
""Não gostei da forma como
aconteceu. Eles não consultaram os clubes, mas temos que
acatar. Imagina se um atleta
tem um problema no clube e tivermos que ficar com ele todo o
campeonato", declarou o presidente do Corinthians, Andrés
Sanchez, antes de saber que a
CBF poderá recuar.
O presidente do Clube dos 13,
Fábio Koff, também protestou
sobre a decisão da CBF. Ele pediu ao diretor da entidade que
estudasse a mudança.
""Fomos surpreendidos com
a alteração. Os clubes ficaram
inconformados. Não houve
nem debate. O problema é que
vai acabar enfraquecendo até a
segunda divisão, onde os times
da Série A vão ter que buscar os
seus reforços durante a competição", afirmou Koff.
O presidente em exercício do
Flamengo, Delair Dumbrosck,
disse que a decisão da CBF não
atrapalhará o clube carioca.
""Não vejo problema. No meio
do ano, existe a janela de transferência de atletas do exterior",
disse o dirigente.
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