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Palmeiras ferve mesmo longe dos holofotes
Problemas no clube vão além de caso Diego Souza
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Dirigentes omissos, jogadores insatisfeitos com os direitos
de imagem atrasados, elenco limitado. Se por fora o Palmeiras
já parece em crise, internamente o caos é ainda maior.
A reportagem apurou que
não é só do episódio Diego Souza e da eliminação na Copa do
Brasil que se alimenta a atual
fogueira ao redor do clube. Problemas se arrastam desde antes
da chegada do treinador Antônio Carlos, em fevereiro.
Um dos focos de insatisfação
são os constantes atrasos no
pagamento dos direitos de imagem. É comum os jogadores
passarem dois, três meses sem
receber o valor equivalente à
fatia maior do bolo.
Gente que convive diariamente com os jogadores diz
que isso não chega a resultar
em corpo mole de ninguém,
mas que é uma reclamação corriqueira nas concentrações.
Na opinião de algumas lideranças do time, em vez de a diretoria pagar dois dias de diárias em hotéis para hospedar a
equipe nas vésperas dos jogos,
ela poderia quitar os atrasos.
"Eles [dirigentes] são fracos.
Não planejam, contratam errado", afirma uma pessoa com
bom trânsito dentro do clube.
A reclamação é que há muita
gente envolvida com o time,
mas somente uma de fato, o vice Gilberto Cipullo, dita os rumos da equipe. Os demais diretores (Genaro Marino, Seraphim Del Grande e Savério Orlandi) apenas observam.
O gerente administrativo
Sérgio do Prado, ex-Santo André, é visto como alguém sem
preparo para tocar um clube
grande. A última crítica recebida foi em relação à inscrição do
zagueiro Leandro Amaro, contratado recentemente.
O gerente afirma que fez tudo no prazo da CBF para que o
atleta pudesse atuar diante do
Atlético-GO. O clube alviverde
tentou até um mandado de segurança para utilizar o zagueiro, mas não obteve sucesso.
Outra falha apontada no comando do futebol é a omissão
dos maiores cardeais do futebol
-principalmente do presidente Luiz Gonzaga Belluzzo-
diante da crise atual.
Para completar, a montagem
do elenco desagrada ao técnico
Antônio Carlos, algo que ele
tornou público após o revés para os goianos. Disse que o planejamento deveria ter começado em outubro passado.
O único jogador trazido a pedido do atual treinador e não de
seu antecessor, Muricy Ramalho, foi o volante Marcos Assunção, que assumiu a posição
de titular. Além de Leandro
Amaro, que ainda nem estreou.
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