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Varejão pega carrasco de brasileiros
Na final da NBA, com o Cleveland, ala-pivô desafia San Antonio, que já eliminou Nenê, Leandrinho e Baby nos playoffs
Equipe texana, a mais
"argentina" da liga, entra
como favorita na decisão,
que começa hoje à noite,
em melhor de sete partidas
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Chegou a vez de Anderson
Varejão desafiar o mais argentino time da NBA. Tomara, para o basquete brasileiro, na decisão da liga norte-americana
pela primeira vez, que ele tenha
mais sorte que os compatriotas.
O San Antonio Spurs, rival do
Cleveland Cavaliers, do ala-pivô, na final da liga, que tem seu
primeiro jogo hoje, às 22h, foi
um carrasco brasileiro nos mata-matas. Nas séries que lhe deram o título da Conferência
Oeste, o time do Texas, três vezes campeão da NBA, eliminou
rivais que tinham brasileiros.
A primeira vítima foi o Denver, de Nenê, Depois, nas semifinais, passou pelo Phoenix, de
Leandrinho. Por último, na final da conferência, despachou
com facilidade o Utah, de Rafael Araújo, o Baby.
Nenê ainda se saiu bem no
confronto contra a mais sólida
defesa da NBA, mas Leandrinho viu sua produção despencar na séries contra os texanos.
O San Antonio tem dois argentinos de destaque. O pivô
Fabricio Oberto é titular. O astro Manu Ginóbili vem do banco, mas fica em quadra mais
tempo que alguns titulares e
tem nos playoffs média de 16
pontos por partida até agora.
E, com eles em quadra, os
Spurs têm como atributos o
que geralmente o torcedor nacional atribui ao futebol argentino, como boa defesa, muita
malícia e fama, injusta na maioria dos casos, de desleal.
"O San Antonio é um time
acostumado às decisões, que
tem um grupo fortíssimo, comete poucos erros e joga [as
duas primeiras partidas] em casa. Vai ser uma série muito difícil", projeta Varejão, que, valorizado pela campanha de seu time e de seu próprio desempenho, tem a chance de assinar
um longo e milionário contrato
-o seu vínculo atual com o Cleveland acaba depois da final.
A decisão desta temporada
tem atraído uma atenção rara
nos últimos anos. Isso, principalmente, pela presença de LeBron James, do Cleveland, time que na temporada anterior
à sua chegada, há quatro anos,
era o pior da liga. Comparado
desde adolescente aos grandes
da história, e valorizado após os
48 pontos contra o Detroit em
um jogo da final da Conferência
Leste, ele é a principal esperança para as finais recuperarem a
popularidade na TV. As edições
mais recentes chegaram a dar
metade da audiência dos tempos em que Michael Jordan comandava o Chicago Bulls.
Segundo Magic Johnsson,
ídolo do Los Angeles Lakers na
década de 80, o estilo de LeBron, por ter mais passes para
os colegas, aproxima-se mais
do dele do que do de Jordan.
Tanta atenção em torno do
prodígio foi motivo de ironias
por parte do San Antonio. Bruce Bowen, que terá a missão de
marcá-lo, disse que a atuação
de LeBron contra o Detroit foi
boa, mas não foi contra a sua
equipe. E Bowen não será o
único a tentar frear LeBron.
"Nós não podemos pará-lo
com um só jogador. Isso será
um trabalho para o time", disse
o treinador Gregg Popovich,
cuja equipe é apontada por todos os analistas americanos como a favorita para levar a taça.
Com agências internacionais
TV - San Antonio x Cleveland
ESPN, ao vivo, às 22h
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