São Paulo, quinta-feira, 07 de junho de 2007

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Varejão pega carrasco de brasileiros

Na final da NBA, com o Cleveland, ala-pivô desafia San Antonio, que já eliminou Nenê, Leandrinho e Baby nos playoffs

Equipe texana, a mais "argentina" da liga, entra como favorita na decisão, que começa hoje à noite, em melhor de sete partidas


PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Chegou a vez de Anderson Varejão desafiar o mais argentino time da NBA. Tomara, para o basquete brasileiro, na decisão da liga norte-americana pela primeira vez, que ele tenha mais sorte que os compatriotas.
O San Antonio Spurs, rival do Cleveland Cavaliers, do ala-pivô, na final da liga, que tem seu primeiro jogo hoje, às 22h, foi um carrasco brasileiro nos mata-matas. Nas séries que lhe deram o título da Conferência Oeste, o time do Texas, três vezes campeão da NBA, eliminou rivais que tinham brasileiros.
A primeira vítima foi o Denver, de Nenê, Depois, nas semifinais, passou pelo Phoenix, de Leandrinho. Por último, na final da conferência, despachou com facilidade o Utah, de Rafael Araújo, o Baby.
Nenê ainda se saiu bem no confronto contra a mais sólida defesa da NBA, mas Leandrinho viu sua produção despencar na séries contra os texanos.
O San Antonio tem dois argentinos de destaque. O pivô Fabricio Oberto é titular. O astro Manu Ginóbili vem do banco, mas fica em quadra mais tempo que alguns titulares e tem nos playoffs média de 16 pontos por partida até agora.
E, com eles em quadra, os Spurs têm como atributos o que geralmente o torcedor nacional atribui ao futebol argentino, como boa defesa, muita malícia e fama, injusta na maioria dos casos, de desleal.
"O San Antonio é um time acostumado às decisões, que tem um grupo fortíssimo, comete poucos erros e joga [as duas primeiras partidas] em casa. Vai ser uma série muito difícil", projeta Varejão, que, valorizado pela campanha de seu time e de seu próprio desempenho, tem a chance de assinar um longo e milionário contrato -o seu vínculo atual com o Cleveland acaba depois da final.
A decisão desta temporada tem atraído uma atenção rara nos últimos anos. Isso, principalmente, pela presença de LeBron James, do Cleveland, time que na temporada anterior à sua chegada, há quatro anos, era o pior da liga. Comparado desde adolescente aos grandes da história, e valorizado após os 48 pontos contra o Detroit em um jogo da final da Conferência Leste, ele é a principal esperança para as finais recuperarem a popularidade na TV. As edições mais recentes chegaram a dar metade da audiência dos tempos em que Michael Jordan comandava o Chicago Bulls.
Segundo Magic Johnsson, ídolo do Los Angeles Lakers na década de 80, o estilo de LeBron, por ter mais passes para os colegas, aproxima-se mais do dele do que do de Jordan.
Tanta atenção em torno do prodígio foi motivo de ironias por parte do San Antonio. Bruce Bowen, que terá a missão de marcá-lo, disse que a atuação de LeBron contra o Detroit foi boa, mas não foi contra a sua equipe. E Bowen não será o único a tentar frear LeBron.
"Nós não podemos pará-lo com um só jogador. Isso será um trabalho para o time", disse o treinador Gregg Popovich, cuja equipe é apontada por todos os analistas americanos como a favorita para levar a taça.
Com agências internacionais


TV - San Antonio x Cleveland
ESPN, ao vivo, às 22h



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