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vexame
Ordinário, Brasil amarga fiasco histórico nos EUA
Sem astros como Kaká e Ronaldinho, seleção brasileira é batida pela Venezuela após 17 vitórias em 17 confrontos
Dois gols no primeiro tempo acabam com série invicta de 15 jogos e marcam a terceira derrota, em 28 duelos, do técnico Dunga no comando
PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A BOSTON
Chegou, com Dunga como
comandante, o dia em que o
Brasil fez o papel de bobo em
um jogo contra a Venezuela.
O mais tradicional saco de
pancadas do único time pentacampeão mundial, que somava
17 derrotas em 17 jogos, venceu
ontem, em Boston, por 2 a 0 um
amistoso em que ficou provado
que, sem astros como Kaká e
Ronaldinho, o Brasil hoje está
mais para ordinário do que extraordinário, como a equipe é
vendida pelos promotores de
suas partidas no exterior.
E o resultado esteve longe do
acaso. O Brasil, vice-líder no
ranking da Fifa, foi mal em todos os setores e dominado pela
Venezuela, só a 63ª da lista.
O revés acabou com uma série invicta de 15 jogos da seleção. Foi também a terceira derrota do time com Dunga como
técnico -as outras duas foram
contra adversários bem mais
fortes (Portugal e México).
Dunga naufragou com um
grupo que ele não cansa de elogiar por ter "espírito de seleção". Para ele, a vontade supera
o talento, em um claro recado
para Ronaldinho e Kaká, com
quem troca farpas desde que
assumiu, há quase dois anos.
Depois da sua excursão americana, contra os frágeis Canadá e Venezuela, o Brasil retorna
para casa hoje. Na terça-feira, o
time se apresenta em Teresópolis para treinar para os dois
jogos mais complicados do ano,
contra o Paraguai, em Assunção, e Argentina, no Mineirão,
pelas eliminatórias para a Copa
do Mundo de 2010.
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