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Defesa se garante e ainda reforça o ataque do Brasil
Ponte forte da seleção, retaguarda para time uruguaio, então o mais artilheiro, e balança as redes duas vezes na goleada
Uruguai 0
Brasil 4
DOS ENVIADOS A MONTEVIDÉU
Mais uma vez eles fizeram o
que já virou praxe. E ainda ajudaram os outros.
Os defensores brasileiros, o
ponto forte do time de Dunga
nestas eliminatórias, mais uma
vez neutralizaram os rivais na
goleada sobre o Uruguai -em
13 jogos pelo torneio, o Brasil
foi vazado apenas cinco vezes, o
melhor desempenho da competição até o momento.
Só que desta vez os jogadores
do setor ainda apareceram no
ataque, marcando os dois primeiros gols do time no triunfo
por 4 a 0, com o lateral-direito
Daniel Alves e o zagueiro Juan.
Antes do jogo de ontem, os 19
gols marcados até então pelo
Brasil nas eliminatórias para a
Copa do Mundo de 2010 haviam sido feitos por jogadores
de meio-campo ou ataque.
O Datafolha atesta a excelência dos defensores brasileiros.
Juntos, Daniel Alves, Lúcio,
Juan e Kléber fizeram 77 desarmes, ou mais da metade do total da equipe. Quando a bola
passou por eles, Júlio César salvou -o goleiro fez sete defesas.
Os defensores ainda foram
responsáveis por quase um
quarto das finalizações do Brasil -e todas foram no gol.
As 52 mil pessoas presentes
no Centenário começaram o jogo tão frias como o clima de
Montevidéu. O confronto era
insosso, e só mesmo em uma falha incrível do goleiro anfitrião
para o placar sair do zero.
Aos 12min, Daniel Alves chutou da intermediária. A bola foi
fraca, quicando, mas Viera aceitou: frango histórico, e Brasil 1 a
0. O lateral celebrou exibindo a
tatuagem que fez no braço com
o rosto de sua mulher, Dinorá.
O Uruguai não justificava a
fama de até então o melhor ataque das eliminatórias. Confuso,
quando chegava à área, era desarmado com facilidade.
Seguro atrás, o zagueiro Juan
foi ao ataque para fazer o segundo gol brasileiro. Aos
36min, aproveitou-se de saída
atabalhoada de Viera para cabecear e deixar 2 a 0 no placar.
Os donos da casa acordaram,
e foi a vez de Júlio César mostrar sua qualidade. Com duas
defesas espetaculares, ele evitou que os uruguaios descontassem a vantagem do Brasil.
"É o melhor momento da minha carreira, mas isso faz com
que eu me dedique ainda mais,
pois as cobrança são maiores
agora", disse o camisa 1.
O pouco de entusiasmo que
restava para o time da casa foi
extinto aos 7min do segundo
tempo, quando, desta vez com
um atacante, o Brasil fez o terceiro, com Luis Fabiano.
Mas o jogador do Sevilla foi
responsável por um novo sopro
de ânimo para os anfitriões, aos
20min, quando supostamente
simulou um pênalti, recebeu o
segundo amarelo e foi expulso
pelo árbitro Saúl Laverni.
A apatia do Uruguai já era tão
grande que a torcida nem reclamou do pênalti marcado em
Kaká, convertido por ele aos
30min para fechar o placar.
A expulsão de Maximiliano
Pereira foi só complemento.
(PAULO COBOS E THIAGO GUIMARÃES)
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