São Paulo, domingo, 07 de junho de 2009

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Defesa se garante e ainda reforça o ataque do Brasil

Ponte forte da seleção, retaguarda para time uruguaio, então o mais artilheiro, e balança as redes duas vezes na goleada

Uruguai 0
Brasil 4


DOS ENVIADOS A MONTEVIDÉU

Mais uma vez eles fizeram o que já virou praxe. E ainda ajudaram os outros.
Os defensores brasileiros, o ponto forte do time de Dunga nestas eliminatórias, mais uma vez neutralizaram os rivais na goleada sobre o Uruguai -em 13 jogos pelo torneio, o Brasil foi vazado apenas cinco vezes, o melhor desempenho da competição até o momento.
Só que desta vez os jogadores do setor ainda apareceram no ataque, marcando os dois primeiros gols do time no triunfo por 4 a 0, com o lateral-direito Daniel Alves e o zagueiro Juan.
Antes do jogo de ontem, os 19 gols marcados até então pelo Brasil nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010 haviam sido feitos por jogadores de meio-campo ou ataque.
O Datafolha atesta a excelência dos defensores brasileiros. Juntos, Daniel Alves, Lúcio, Juan e Kléber fizeram 77 desarmes, ou mais da metade do total da equipe. Quando a bola passou por eles, Júlio César salvou -o goleiro fez sete defesas.
Os defensores ainda foram responsáveis por quase um quarto das finalizações do Brasil -e todas foram no gol.
As 52 mil pessoas presentes no Centenário começaram o jogo tão frias como o clima de Montevidéu. O confronto era insosso, e só mesmo em uma falha incrível do goleiro anfitrião para o placar sair do zero.
Aos 12min, Daniel Alves chutou da intermediária. A bola foi fraca, quicando, mas Viera aceitou: frango histórico, e Brasil 1 a 0. O lateral celebrou exibindo a tatuagem que fez no braço com o rosto de sua mulher, Dinorá.
O Uruguai não justificava a fama de até então o melhor ataque das eliminatórias. Confuso, quando chegava à área, era desarmado com facilidade.
Seguro atrás, o zagueiro Juan foi ao ataque para fazer o segundo gol brasileiro. Aos 36min, aproveitou-se de saída atabalhoada de Viera para cabecear e deixar 2 a 0 no placar.
Os donos da casa acordaram, e foi a vez de Júlio César mostrar sua qualidade. Com duas defesas espetaculares, ele evitou que os uruguaios descontassem a vantagem do Brasil.
"É o melhor momento da minha carreira, mas isso faz com que eu me dedique ainda mais, pois as cobrança são maiores agora", disse o camisa 1.
O pouco de entusiasmo que restava para o time da casa foi extinto aos 7min do segundo tempo, quando, desta vez com um atacante, o Brasil fez o terceiro, com Luis Fabiano.
Mas o jogador do Sevilla foi responsável por um novo sopro de ânimo para os anfitriões, aos 20min, quando supostamente simulou um pênalti, recebeu o segundo amarelo e foi expulso pelo árbitro Saúl Laverni.
A apatia do Uruguai já era tão grande que a torcida nem reclamou do pênalti marcado em Kaká, convertido por ele aos 30min para fechar o placar.
A expulsão de Maximiliano Pereira foi só complemento.
(PAULO COBOS E THIAGO GUIMARÃES)


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