São Paulo, terça-feira, 07 de junho de 2011

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Evento-teste não ajuda Copa em SP

2014
Em meio a impasse sobre o Mundial, cidade recebe a seleção


DE SÃO PAULO

Embora seja considerado um evento-teste para a Copa-2014, o jogo da seleção brasileira hoje, no Pacaembu, não servirá para resolver os problemas de São Paulo para definir seu papel no Mundial.
O único benefício foi a cooperação técnica entre prefeitura, governo do Estado e Comitê Organizador Local. Mas até membros do comitê paulista para o Mundial admitem que, em relação à Copa, o jogo pouco influenciará.
Até porque a principal questão -a viabilização do estádio do Corinthians- não apresentou evolução.
Está marcada para hoje uma reunião entre o comitê paulista e o COL. Só estará presente pessoal técnico, sem participação de Ricardo Teixeira, da CBF, ou do corintiano Andres Sanchez.
Nela, o Corinthians explicará que ainda não equacionou a operação financeira de seu estádio. Seus representantes contarão que ainda negociam com a Odebrecht o preço final da arena. O COL vê a indefinição em relação ao orçamento como indício de que as obras vão atrasar.
Para tentar tranquilizar o comitê, o Corinthians garantirá que não mexerá no projeto aprovado pela Fifa e que cumprirá o prometido no papel. Quer a redução do preço no modo de construção.
Se não houve evolução do estádio, a relação entre os políticos paulistas e o COL também continua distante.
Havia jantar marcado entre Teixeira e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, no domingo. Por problemas de agenda, não ocorreu.
Não há nenhum outro encontro oficial marcado com Kassab ou com o governador paulista, Geraldo Alckmin. Mas não está descartada reunião entre os dois políticos e o cartola, que têm lugar reservado no Pacaembu.
O afastamento político de São Paulo também pode ser verificado pela ausência do ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., que não irá ao jogo.
Na parte técnica, nos últimos dias, houve reuniões entre funcionários dos governos e do COL para acertar a operação do jogo em relação ao trânsito e à segurança.
São Paulo anuncia que 1.500 policiais irão trabalhar hoje. Desses, 80 ficarão dentro do estádio para auxiliar seguranças particulares.
Com isso, membros do comitê esperam mostrar a capacidade operacional da cidade. Sabem, porém, que isso tem relevância limitada se não houver estádio. (MARTÍN FERNANDEZ E RODRIGO MATTOS)


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