FABIO TURA
DO DATAFOLHA

Terminada a fase semifinal, a Copa do Mundo mostra que o principal fundamento na hora decisiva é a pontaria.
Nas 48 partidas até agora em que uma equipe saiu vencedora, em 35 a equipe que teve melhor pontaria ganhou.
Comparando os números da primeira fase com os mata-matas, o fundamento que mais levou as seleções à vitória na fase inicial foi a troca de passes: 83,8% de predominância nos resultados favoráveis, seguido de finalizações (73%), passes certos (70,3%) e posse de bola (67,6%).
A partir das oitavas, ocorreu uma mudança de perfil. Nas 11 partidas com um vencedor, em 10 delas (90,9%) a equipe vitoriosa teve melhor pontaria que a sua oponente. Um fundamento que não levou a lugar nenhum foi o número de faltas cometidas. Nenhuma das seleções que cometeu mais faltas que o rival saiu vitoriosa. Cruzar bolas na área foi a segunda pior opção: apenas a Alemanha ganhou um jogo assim, contra a Suécia, nas oitavas-de-final.
Na primeira fase, prevaleceu o domínio do jogo, com troca de passes e posse de bola -sinal de superioridade técnica e de confrontos de times de níveis diferentes.
Nas fases seguintes, contou mais a preferência por contra-ataques e a boa pontaria nas poucas situações de gol, proporcionadas pelas fortes linhas defensivas e pelo cansaço físico das prorrogações.


Texto Anterior: Protetor: Platini sai em defesa de ronaldos e alega cansaço dos dois para baixa produtividade na copa
Próximo Texto: Juca Kfouri: Futebol de popstars
Índice