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São Paulo, quinta-feira, 07 de agosto de 2003

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Naturalizados defendem países das três Américas

Legião "made in China" é o obstáculo no tênis de mesa

DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO

Luis Ling Yu, Nieves Xue We, David Zhang, Gao Jun, Lyly Yip, Liu Song são produtos "exportados" pela China para países das três Américas. No entanto, não se tratam de eletroeletrônicos, de peças de vestuário ou similares.
São mesa-tenistas chineses naturalizados nos EUA, República Dominicana e Argentina e que a partir de hoje representarão esses países no Pan de Santo Domingo.
"É a regra de quem tem mais [dinheiro] pode comprar um produto pronto", diz Marles Martins, técnico da equipe do Brasil.
Essa brecha existe para mesa-tenistas que nunca representaram seus países em torneios oficiais.
Embora estejam dentro do regulamento, os países que utilizam atletas importados parecem querer esconder as suas origens.
Questionado sobre Yu e We, o treinador dominicano, Jorge Perez, alegou não saber nada sobre eles, pois "só treina outros atletas". Quando a Folha perguntou quem era o chinês que estava a seu lado, disse ""é um turista" e pediu que se afastasse. O "turista" era o chinês Jin Fu Wang, técnico da dupla de ex-compatriotas.
"Suas famílias têm negócios aqui. Já estão aqui há um bom tempo", justificou Wang.
A resposta contrastou com a do presidente da confederação nacional. "Eles estão aqui há um ano", explicou Juan Villa.
O próprio Yu não pôde dar sua versão da história. Afinal, afirmou o treinador, "ele ainda não sabe falar espanhol". (EDUARDO OHATA, GUILHERME ROSEGUINI E JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO)


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