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Naturalizados defendem países das três Américas
Legião "made in China" é o obstáculo no tênis de mesa
DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO
Luis Ling Yu, Nieves Xue We,
David Zhang, Gao Jun, Lyly Yip,
Liu Song são produtos "exportados" pela China para países das
três Américas. No entanto, não se
tratam de eletroeletrônicos, de
peças de vestuário ou similares.
São mesa-tenistas chineses naturalizados nos EUA, República
Dominicana e Argentina e que a
partir de hoje representarão esses
países no Pan de Santo Domingo.
"É a regra de quem tem mais
[dinheiro] pode comprar um produto pronto", diz Marles Martins,
técnico da equipe do Brasil.
Essa brecha existe para mesa-tenistas que nunca representaram
seus países em torneios oficiais.
Embora estejam dentro do regulamento, os países que utilizam
atletas importados parecem querer esconder as suas origens.
Questionado sobre Yu e We, o
treinador dominicano, Jorge Perez, alegou não saber nada sobre
eles, pois "só treina outros atletas". Quando a Folha perguntou
quem era o chinês que estava a
seu lado, disse ""é um turista" e pediu que se afastasse. O "turista"
era o chinês Jin Fu Wang, técnico
da dupla de ex-compatriotas.
"Suas famílias têm negócios
aqui. Já estão aqui há um bom
tempo", justificou Wang.
A resposta contrastou com a do
presidente da confederação nacional. "Eles estão aqui há um
ano", explicou Juan Villa.
O próprio Yu não pôde dar sua
versão da história. Afinal, afirmou o treinador, "ele ainda não
sabe falar espanhol".
(EDUARDO OHATA, GUILHERME ROSEGUINI E JOÃO
CARLOS ASSUMPÇÃO)
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