São Paulo, quinta-feira, 07 de agosto de 2008

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JUDÔ

Reserva de Érika não vai porque luta "é individual"

COB ajuda na decisão de não substituir atleta contundida

DO ENVIADO A PEQUIM

As situações foram similares. Na areia houve troca. No tatame, não. A decisão de mandar do Brasil Ana Paula para substituir Juliana no vôlei de praia às pressas e não trocar a judoca Érika Miranda -cortada por contusão idêntica 24 horas antes- por sua reserva nos Jogos de Pequim decorre do fato de o primeiro ser um esporte coletivo e o segundo individual. É essa a avaliação da Confederação Brasileira de Judô.
Ney Wilson, coordenador da seleção brasileira e chefe do time de judô em Pequim, contou que a decisão de não trocar Érika e deixar a classe sem representante brasileira foi tomada em comum acordo com o Comitê Olímpico Brasileiro.
"Não houve nenhum tipo de pressão", afirmou Wilson.
Segundo ele, o fato de Érika ter assegurado a vaga olímpica com mais antecipação que todas as demais atletas da equipe tirou o foco da comissão técnica na preparação de sua reserva, Andressa Fernandes. Alegou, por exemplo, que a suplente participou de só uma etapa da Copa do Mundo no ano, enquanto Érika lutou em três.
"Todas as fichas estavam na Érika. Foi colocado na reunião com o COB se valeria a pena a substituição. Acho diferente da situação do vôlei de praia, porque o judô é um esporte individual. É possível deixar a classe sem representante, mas o resto da equipe compete normalmente. No vôlei, o que iam fazer com a menina que tem condição de jogo? Mandar para o Brasil?", falou Wilson, para quem o nível de preparação de Andressa está aquém do das demais judocas.
(LUÍS FERRARI)



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