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Justiça de SP condena corintianos
Alberto Dualib e Nesi Curi terão de devolver ao clube dinheiro desviado
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O ex-presidente do Corinthians Alberto Dualib foi condenado a três anos e nove
meses de reclusão por crimes
de estelionato cometidos
contra o clube. A pena foi revertida para a prestação de
serviços à comunidade ou a
entidades estatais.
Dualib, que presidiu o Corinthians de 1993 até 2007,
também foi condenado a devolver ao clube o valor equivalente a 50 salários mínimos (R$ 25.500), fora os 36
dias-multa. Cada dia-multa
equivale a um salário mínimo vigente à época dos fatos,
corrigido desde o evento.
Nesi Curi, ex-diretor do
clube, foi condenado a três
anos e quatro meses, mais o
pagamento de 80 salários
mínimos (R$ 40.800), fora os
34 dias-multa, fixados em
um décimo de salário mínimo vigente à época, aos cofres do Corinthians.
Com eles, foram condenados Juraci Benedito, Marcos
Roberto Fernandes e Daniel
Espíndola da Cunha. Segundo o Ministério Público, eles
desviaram R$ 1,43 milhão
dos cofres do clube paulista.
O crime acontecia por
meio da emissão de notas fiscais destinadas a pagamentos de serviços que não se
concretizavam. Essas notas,
segundo a sentença do juiz
Marcelo Semer, eram usadas
para pagamentos de diretores proibidos de receber remuneração e funcionários.
As notas eram registradas
em nome das empresas NBL
Serviços Contábeis - Consultoria e Assessoria Empresarial S/C, Ltda., CSC Consultoria em Informática Ltda., Angulus-Ware Sistemas Ltda. e
Tecnosys Software S/C Ltda.
O advogado de Dualib, José Luiz Toloza, declarou que
a pena de seu cliente é injusta e que vai recorrer da sentença. Segundo ele, a responsabilidade é da então diretoria financeira do clube.
"O estelionato teria acontecido porque eram emitidas
notas fiscais para pagamento
de funcionários, mas isso
não era do desconhecimento
dos sócios", afirma Toloza.
"O juiz entendeu que eles
foram induzidos a erro, porque as notas não correspondiam à natureza do pagamento. Só que isso era um expediente da diretoria financeira para amenizar os gastos
do clube", argumentou.
O Corinthians informou
que não irá se manifestar.
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