São Paulo, sábado, 07 de agosto de 2010

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Justiça de SP condena corintianos

Alberto Dualib e Nesi Curi terão de devolver ao clube dinheiro desviado

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O ex-presidente do Corinthians Alberto Dualib foi condenado a três anos e nove meses de reclusão por crimes de estelionato cometidos contra o clube. A pena foi revertida para a prestação de serviços à comunidade ou a entidades estatais.
Dualib, que presidiu o Corinthians de 1993 até 2007, também foi condenado a devolver ao clube o valor equivalente a 50 salários mínimos (R$ 25.500), fora os 36 dias-multa. Cada dia-multa equivale a um salário mínimo vigente à época dos fatos, corrigido desde o evento.
Nesi Curi, ex-diretor do clube, foi condenado a três anos e quatro meses, mais o pagamento de 80 salários mínimos (R$ 40.800), fora os 34 dias-multa, fixados em um décimo de salário mínimo vigente à época, aos cofres do Corinthians.
Com eles, foram condenados Juraci Benedito, Marcos Roberto Fernandes e Daniel Espíndola da Cunha. Segundo o Ministério Público, eles desviaram R$ 1,43 milhão dos cofres do clube paulista.
O crime acontecia por meio da emissão de notas fiscais destinadas a pagamentos de serviços que não se concretizavam. Essas notas, segundo a sentença do juiz Marcelo Semer, eram usadas para pagamentos de diretores proibidos de receber remuneração e funcionários.
As notas eram registradas em nome das empresas NBL Serviços Contábeis - Consultoria e Assessoria Empresarial S/C, Ltda., CSC Consultoria em Informática Ltda., Angulus-Ware Sistemas Ltda. e Tecnosys Software S/C Ltda.
O advogado de Dualib, José Luiz Toloza, declarou que a pena de seu cliente é injusta e que vai recorrer da sentença. Segundo ele, a responsabilidade é da então diretoria financeira do clube.
"O estelionato teria acontecido porque eram emitidas notas fiscais para pagamento de funcionários, mas isso não era do desconhecimento dos sócios", afirma Toloza.
"O juiz entendeu que eles foram induzidos a erro, porque as notas não correspondiam à natureza do pagamento. Só que isso era um expediente da diretoria financeira para amenizar os gastos do clube", argumentou.
O Corinthians informou que não irá se manifestar.


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