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Só sacando, americanos são coadjuvantes no tênis
Jogadores do país lideram ranking de aces, mas têm devolução medíocre
DE SÃO PAULO
No tênis, um saca e o outro
responde. Lição básica, mas
que não foi aprendida pela atual geração de americanos no circuito masculino.
Prova disso acontece no
Aberto dos EUA, em que os
anfitriões só têm um jogador,
Sam Querrey, entre os 12 que
ainda lutam pelo título do último Grand Slam do ano.
Com uma legião de grandalhões e desajeitados, a ex-grande potência da modalidade tem hoje tenistas que
dominam o ranking de aces
(os saques sem defesa), mas
que possuem performance medíocre nos pontos em que é o adversário quem saca.
Segundo a ATP, a entidade
que controla a modalidade
entre os homens, quatro
americanos lideram o ranking de aces. Pela ordem, John Isner, Andy Roddick, Sam Querrey e Mardy Fish.
Todos eles têm média de pelo menos dez aces por jogo. Isner, de 2,06 m, consegue, em média, 17 aces.
Os números dos americanos são superiores aos dos
melhores do circuito. Rafael
Nadal, líder do ranking, tem
a modesta média de três saques sem resposta por jogo.
Só que os americanos são uma tragédia na hora de responder o saque. Nenhum jogador do país aparece na lista dos 30 tenistas com maior número de games vencidos respondendo o serviço rival.
Os reis dos aces dos EUA conseguem, na média, ganhar só 25% dos pontos disputados após o primeiro saque dos adversários. Os melhores do circuito têm um aproveitamento igual ou muito próximo dos 35%.
Até no Aberto dos EUA, onde o piso rápido favorece
bons sacadores, a precariedade na devolução dos americanos ficou evidente.
O último a mostrar isso foi
Mard Fish. Ontem, ele foi eliminado, nas oitavas de final,
pelo sérvio Novak Djokovic por folgados 3 sets a 0.
O tenista da casa, na quadra central, ganhou só 32%
dos pontos em que era ele quem devolvia o saque. Djokovic teve aproveitamento de 46% nessa situação.
Hoje, o país organizador do Aberto dos EUA pode ficar
sem representante no torneio. Pelas oitavas de final,
Querrey pega em Nova York o suíço Stanislas Wawrinka.
Assim, os EUA vivem hoje
papel secundário no tênis
masculino. O país tem apenas sete jogadores no top
100. O melhor é Roddick (9º).
Há dez anos, eram dez americanos entre os cem melhores do tênis, sendo que
Pete Sampras, o rei do voleio,
era o líder do ranking, e Andre Agassi, um especialista
na devolução de saques, aparecia na quinta posição.
NA TV
Aberto dos EUA
15h ESPN
17h30 Sportv 2
20h ESPN e ESPN HD
22h30 Sportv 2
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