|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Eliminado, Chile tem como maior arma o desespero dos brasileiros
RONALDO SOARES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Sem chances de classificação para a Copa, o Chile pretende fazer
do desespero do Brasil sua principal arma no jogo de hoje.
Para o técnico Jorge Garcés, que
assumiu o comando da equipe há
pouco mais de uma semana e fará
hoje sua estréia, o Chile pode tirar
proveito do fato de a vitória ser
fundamental para o Brasil.
"A seleção do Brasil jogará pressionada. À medida que o tempo
for passando, a pressão vai aumentando. Se formos inteligentes, poderemos tirar proveito disso", afirmou Garcés.
O treinador disse que é fã do futebol brasileiro e que vai enfrentar
um time "cheio de talento" e "habilidoso". "Quando começa o jogo, porém, acaba o respeito."
Apesar do pouco tempo de preparação para o jogo e dos problemas que enfrentou já na primeira
convocação -alguns jogadores
se recusaram a participar ou não
foram cedidos pelos clubes-,
Garcés diz que a equipe está "com
uma condição psicológica boa".
"Muitos atletas não quiseram
vir, estavam sem motivação. Mas
os que estão aqui demonstraram
atitude, e isso é importante."
Ele adotará o esquema 3-5-2 para o jogo contra o Brasil. A única
dúvida é se o meia Galdames conseguirá se recuperar de uma contusão. Se não puder jogar, dará lugar a Villaseca.
Garcés, que é treinador do
Wanders, equipe que lidera o Chileno, vai dirigir a seleção nas três
últimas partidas pelas eliminatórias, mas quer continuar no cargo
e comandar um trabalho de renovação no futebol chileno.
O atacante Marcelo Salas foi irônico ao ser questionado sobre a
crise vivida pelo rival. "O Brasil
está acostumado a ser sempre o
primeiro e a ganhar. Quando isso
não acontece, fala-se em crise. Se a
gente estivesse na situação de vocês, não seria crise. Seria glória."
Texto Anterior: Brasil corre risco de ser o pior classificado para Copa Próximo Texto: Em busca do gol, seleção foge da área rival Índice
|