DA REPORTAGEM LOCAL

Um passado recheado de conquistas, atletas que integram a lista dos favoritos e uma das delegações mais numerosas do torneio.
O retrato do time brasileiro que compete a partir de hoje na sétima edição do Mundial de piscina curta (25 m), em Indianápolis, é bem diferente do que se vê em outros eventos da natação.
Nos EUA, os nadadores do país não podem ser considerados apenas azarões. Primeiro pelo retrospecto de medalhas -foram 14 em seis participações. E, principalmente, porque poucos competidores de renome encaram o campeonato com a mesma seriedade.
A piscina armada no Conseco Fieldhouse, ginásio onde os basqueteiros do Indiana Pacers mandam seus jogos na NBA, não terá em suas raias nomes como o australiano Ian Thorpe, quatro medalhas na Grécia, e Pieter Van den Hoogenband, bicampeão olímpico dos 100 m livre.
Com 24 inscritos -incluindo Thiago Pereira, 18, e Joanna Maranhão, 17, que ficaram entre os cinco melhores em Atenas-, o Brasil tem a quarta maior delegação. "Quem não participar de muitos eventos internacionais ao longo destes quatro anos estará fora do jogo olímpico. Esta é a realidade", declara o coordenador técnico Ricardo de Moura.
O desdém de alguns campeões olímpicos só não trouxe fiasco aos organizadores do Mundial porque um herói caseiro entrou em cena e roubou os holofotes.
Michael Phelps, 19, seis ouros e dois bronzes em Atenas, vai nadar até o próximo dia 11 em Indianápolis. Antes de confirmar sua participação, os dirigentes estimavam um público global de 40 mil pessoas. Com Phelps entre os 600 atletas, o número chegou a 55 mil.
Ele estréia hoje, na disputa dos 200 m livre. O Brasil terá 11 atletas na água, além dos revezamentos 4 x 100 m livre para homens e 4 x 200 m livre para mulheres.