São Paulo, domingo, 07 de outubro de 2007

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Palmeiras vence, sobe e sonha

Triunfo faz time trocar de lugar com Grêmio e assumir 4º lugar, suficiente para a Taça Libertadores

Palmeiras 2
Grêmio 0

Ricardo Nogueira/Folha Imagem
O goleiro gremista Saja salta, mas deixa a bola passar no lance do primeiro gol da noite, marcado pelo palmeirense Caio após cobrança de falta na etapa inicial

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Para um jogo com jeito de final, nada melhor do que um time decisivo. Os 2 a 0 sobre o Grêmio ontem à noite, no Parque Antarctica, não só credenciaram o Palmeiras novamente ao G4, como deu moral ao time, que, no próximo sábado, encara o Santos, na Vila Belmiro, em outra autêntica final antecipada na corrida pela sonhada vaga na Taça Libertadores de 2008.
O triunfo colocou o time palmeirense na quarta colocação, com 50 pontos, dois a mais que o Grêmio, que recebe o Goiás na próxima rodada. E valeu para superar o próprio clube gaúcho na tabela de classificação.
Pela escalação de Caio Júnior, a expectativa era a de um Palmeiras ousado em busca do gol. Caio e Valdivia na armação, somados à velocidade de Luiz Henrique, facilitaram a vida de Rodrigão, que incomodou a defesa gremista desde o começo.
O cartão de visita do Grêmio foi a truculência de alguns de seus jogadores. Para os atacantes Tuta e Jonas, raras eram as chances criadas para tentar ameaçar o gol de Diego.
Embalado pelo bom público, quem fez a diferença foi novamente Caio, sério candidato a ídolo do time. Após fazer os dois gols da vitória de 2 a 1 sobre o Náutico, foi dele a cobrança de falta que abriu o placar logo aos 13min: 1 a 0. O goleiro Saja, que foi atrasado no lance, deu sua contribuição ao deixar a bola passar por baixo de si.
O Parque Antarctica se tornou uma panela de pressão e até de quem não se esperava um grande lance saiu uma jogada de encher os olhos.
Criticado por não ser um atacante cerebral, Rodrigão abriu o caminho do segundo gol com um toque de calcanhar para Valdivia. O desfecho do lance voltou para os seus pés com belo toque do chileno. Resultado: num chute seco e no canto, o Palmeiras fez 2 a 0, e Rodrigão selou o seu primeiro gol com a camisa do Palmeiras.
O Grêmio tentou esboçar reação, mas não conseguia encaixar as jogadas. E novamente quem esteve perto de marcar foi o Palmeiras. De novo em cobrança de falta, o meia Caio acertou a trave do goleiro Saja.
Na segunda etapa, o Grêmio mostrou mais organização. A entrada de Luciano Fonseca no lugar de Thiego e a substituição de Eduardo Costa por Gavillán deram mais equilíbrio na saída de bola e agressividade na frente. E o primeiro susto veio numa virada de Tuta que Diego Cavalieri mandou a escanteio.
Apesar do ímpeto gremista pela reação, o jogo caiu de ritmo. Se no primeiro tempo a torcida vibrava com as jogadas de Caio e Valdivia, na etapa final o brilho ficou a cada desarme dos volantes. Os ânimos seguiram acirrados, a ponto de Valdivia, que vinha sendo caçado na partida, levar um soco de Gavillán, dentro da área. A jogada não foi notada pelo juiz.
A vitória foi boa não só pela pontuação mas também pelo efeito psicológico. Ao ser substituído, Rodrigão recebeu aplausos. No final, mais uma festa com sabor de título.


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