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Natação não serve para acalmar irmãos
DA ENVIADA A SANTIAGO
Hugo e Gaetan começaram a nadar aos sete anos,
quando moravam em Guadalupe, no Caribe. Ana, a
mãe, queria os filhos praticando esporte e não agüentava mais as brigas em casa. Jogou os dois na piscina.
"Minha mãe queria que eu
ficasse mais calmo. Não fiquei, mas pelo menos descobri a natação", conta Hugo.
O nadador impressiona os
especialistas. O talento descoberto em Guadalupe foi lapidado no Recife, onde o garoto foi morar aos dez anos.
Lá, tornou-se especialista no
nado peito, que lhe rendeu a
primeira posição do ranking
mundial infantil de 2006.
"A técnica dele é perfeita.
Ele tem a pernada e a braçada muito fortes", afirma o
técnico Raul Fuentes, cubano radicado no Brasil.
O treinador também aposta na altura dos garotos. Hugo e Gaetan medem hoje 1,74
m. Fuentes calcula que possam chegar a 1,85 m.
"Eles já têm uma envergadura ótima. Ficarão com a
braçada muito mais longa",
afirma ele, que ressalta a facilidade de trabalhar com os
garotos. "Eles gostam de
treinar, e os pais não fazem
pressão por resultados, o que
também ajuda muito."
Hugo e Gaetan ficaram alguns meses sem treinar por
causa da mudança para o
Chile. Mas já estavam na piscina do novo clube em Santiago antes mesmo de os móveis da casa nova chegarem, em setembro. Só lamentam
ficar longe de outra paixão.
"No Recife, a gente praticava muito kitesurfe. Aqui,
precisamos viajar 400 quilômetros para praticar", lamenta Gaetan.
(ML)
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