São Paulo, domingo, 07 de outubro de 2007

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Natação não serve para acalmar irmãos

DA ENVIADA A SANTIAGO

Hugo e Gaetan começaram a nadar aos sete anos, quando moravam em Guadalupe, no Caribe. Ana, a mãe, queria os filhos praticando esporte e não agüentava mais as brigas em casa. Jogou os dois na piscina.
"Minha mãe queria que eu ficasse mais calmo. Não fiquei, mas pelo menos descobri a natação", conta Hugo.
O nadador impressiona os especialistas. O talento descoberto em Guadalupe foi lapidado no Recife, onde o garoto foi morar aos dez anos. Lá, tornou-se especialista no nado peito, que lhe rendeu a primeira posição do ranking mundial infantil de 2006.
"A técnica dele é perfeita. Ele tem a pernada e a braçada muito fortes", afirma o técnico Raul Fuentes, cubano radicado no Brasil.
O treinador também aposta na altura dos garotos. Hugo e Gaetan medem hoje 1,74 m. Fuentes calcula que possam chegar a 1,85 m.
"Eles já têm uma envergadura ótima. Ficarão com a braçada muito mais longa", afirma ele, que ressalta a facilidade de trabalhar com os garotos. "Eles gostam de treinar, e os pais não fazem pressão por resultados, o que também ajuda muito."
Hugo e Gaetan ficaram alguns meses sem treinar por causa da mudança para o Chile. Mas já estavam na piscina do novo clube em Santiago antes mesmo de os móveis da casa nova chegarem, em setembro. Só lamentam ficar longe de outra paixão.
"No Recife, a gente praticava muito kitesurfe. Aqui, precisamos viajar 400 quilômetros para praticar", lamenta Gaetan. (ML)


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