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Interior protagoniza Nacional
Favorito no torneio de basquete, que começa hoje, Ourinhos, reforçado, tem o elenco mais caro
Catanduva, Americana e Sport, que representou Presidente Prudente no Paulista, também surgem com força no campeonato
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Mesmo após perder a hegemonia no último Paulista feminino de basquete, a equipe do
Ourinhos é favorita absoluta
para a conquista de mais um título do Nacional, que começa
hoje, com quatro partidas.
Não bastasse contar com o
elenco mais caro do país -o valor do investimento é mantido
sob sigilo-, o Ourinhos ainda
trouxe dois reforços de peso para a disputa da competição: as
pivôs Êga e Mamá.
Além delas, o time conta com
mais três jogadoras que defenderam a seleção brasileira nos
Jogos Olímpicos de Pequim, há
dois meses: as alas Micaela,
Chuca e Karen.
"Temos consciência de que,
pela equipe que temos, somos
favoritos. Mas isso é teoria. Temos que mostrar na prática essa superioridade, já que vamos
encarar outros times que têm
evoluindo", analisa o técnico
Urubatan Lopes Paccini, 59,
que era assistente na equipe
desde 2005 e assumiu o grupo
após o fiasco no Paulista.
""Claro, quem está nesta vida,
sempre sonha com uma oportunidade dessas, de dirigir uma
equipe como o Ourinhos", reconhece o treinador.
O maior empecilho para que
seu time conquiste o pentacampeonato nacional vem de
outras cidades do interior.
O Catanduva, atual campeão
paulista e principal adversário
do Ourinhos nos últimos anos,
perdeu duas jogadoras-chave
na conquista do Estadual: as armadoras Karla e Natália.
Sem elas, até o técnico Edson
Ferreto admite que a equipe se
enfraqueceu.
"Não há ninguém disponível
no mercado para suprir essas
ausências. Temos uma boa
equipe para competir. Mas não
vai ser fácil ficar entre os quatro", afirma o treinador, conhecido por fazer previsões mais
pessimistas do que os resultados de suas equipes na quadra.
""Somos os campeões paulistas, porém é inegável que o favorito ao título do Nacional é o
Ourinhos", analisa o técnico.
Outro time capaz de surpreender é Americana. O grupo
terá dois nomes que brilharam
nos anos 90. A técnica será a ex-armadora Branca, medalha de
prata pela seleção nos Jogos de
Atlanta-96.
Em quadra, o grupo terá a experiente Adriana Santos, 37,
dona de duas medalhas olímpicas defendendo o Brasil. A ala
volta a atuar no país após sete
temporadas na Europa.
"Quero chegar à decisão e
conquistar o título para a cidade", explica a jogadora, que em
sua carreira nunca conquistou
o título do Nacional.
Outros reforços que foram
para Americana, última equipe
a destronar o Ourinhos no Brasileiro, em 2003, foram a armadora Karla, titular da seleção
nos Jogos de Pequim, e a pivô
Carina, ex-Ourinhos.
Fora de São Paulo e com uma
base montada, o Sport Recife é
outro clube que pode complicar, especialmente em seu ginásio. O time disputou o último
Paulista por Presidente Prudente e atingiu as semifinais,
perdendo um lugar na decisão
para o Catanduva, que acabou
campeão do torneio.
"O objetivo é de novo chegar
entre os finalistas, como já tem
acontecido", diz o técnico Roberto Dornellas, cujo clube esteve entre os quatro primeiros
colocados em quatro das cinco
vezes em que jogou o Nacional.
Em um patamar abaixo estão
os times do ABC. O mais estruturado é o São Bernardo, que
conta com a ala Lílian, cestinha
do último Paulista. Mas a equipe perdeu a pivô Flávia Luiza,
com passagens pela seleção
adulta, que foi para a Espanha.
Mesmo reforçados por algumas jogadoras do adulto, Mangueira (RJ) e Florianópolis
(SC) devem ser apenas figurantes na competição.
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