São Paulo, quinta-feira, 07 de novembro de 2002

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EM NOME DO PAI

"Se um jogador está bem espiritualmente, ele não erra um pênalti"

Padre Marcelo dá a preleção

DA REPORTAGEM LOCAL

"Que Deus abençoe o Corinthians. E a Portuguesa."
Para não ser politicamente (ou religiosamente) incorreto, o padre Marcelo Rossi defendeu todos os times em sua visita ontem ao treino do Corinthians no Parque São Jorge. "Que Deus abençoe o Palmeiras", chegou a dizer o padre, ex-são-paulino que, aos dez anos, foi convertido ao corintianismo pelo pai.
"A espiritualidade é muito importante para o atleta. Se ele vai bater um pênalti e está bem espiritualmente, não vai errar. Quem tem fé tem índice maior de acerto", disse o padre, que reuniu os atletas e a comissão técnica no centro do gramado e comandou uma oração coletiva -todos com as mãos erguidas.
A visita foi um presente para o pai, Antonio Rossi. "Ele vem me pedindo há muito tempo para trazê-lo ao Corinthians. Amanhã [hoje], vou com ele ao jogo na Gaviões da Fiel. Quero, depois, passar uma mensagem de paz no estádio", disse o padre-cantor, que, assim como o seu pai, diz torcer para o Palmeiras não cair para a segunda divisão.
"Minha família é quase toda de italianos, palmeirenses. E é bom ver o Corinthians jogar contra os times grandes", disse.
Já os jogadores do Corinthians, sem piedade do Palmeiras, receberam o padre como se fosse uma vitória sobre o rival.
"O padre poderia ajudar o Palmeiras, mas ele é corintiano e deu a mão para a gente", disse Vampeta, cujo apelido é mistura de vampiro com capeta. Rossi teria perdoado o apelido maligno. "Ele disse que eu tenho um espírito bom. Não faço mal a ninguém. Meus pecados são os mesmos de todo mundo", afirmou o volante. (LR E RBU)


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