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Obama apressa novos contratos no beisebol
Aumento de impostos preocupa clubes e jogadores
DA REPORTAGEM LOCAL
Enquanto a maior parte dos
EUA celebra a eleição do primeiro presidente negro do país,
para a liga profissional de beisebol norte-americana, a MLB,
a chegada de Barack Obama à
Casa Branca virou problema.
Jogadores, agentes, e dirigentes dos clubes estão preocupados com a promessa de campanha do democrata de voltar a
cobrar impostos mais altos sobre os salários dos atletas profissionais do beisebol.
A taxa cobrada pelo governo
federal deve voltar ao patamar
de 39,6%, vigente durante o governo do democrata Bill Clinton (presidente entre 1992 e
2000) e que fora reduzido por
George W. Bush para 35% em
sua administração, que agora
está no fim.
A quase certeza de que os impostos sobre os altos vencimentos pagos aos atletas deverá subir deve provocar uma
corrida ao fechamento de novos contratos antes da mudança do valor do tributo, que passaria a ser cobrado em 2009.
Tradicionalmente morno
entre outubro e dezembro, o
mercado de transferências no
beisebol já se mostra mais agitado por conta do medo de ter
que pagar mais impostos.
Os atletas mais caros que estão no mercado, sem vínculo
com nenhum time (os chamados "free agents"), que costumam fechar contratos milionários mais para o meio do período de negociações, devem ter
seus destinos resolvidos ainda
antes do fim deste ano.
Seus representantes, aliás,
começam a adotar estratégias
para tentar driblar o aumento.
Os agentes dos atletas mais caros já pensam em firmar um
novo tipo de acordo.
Scott Boras, que cuida da carreira de pelo menos oito dos
dez melhores e mais cobiçados
jogadores disponíveis no mercado, defende o acerto do pagamento de um valor maior como
bônus pela assinatura do acordo, a ser recebido antes de 1º de
janeiro, antes do aumento.
"Isso é algo a se considerar",
concorda Craig Landis, outro
agente de jogadores.
Após a confirmação da eleição de Obama, na última terça-feira, o aumento dos impostos
no beisebol se tornou o assunto
mais discutido na convenção
anual de dirigentes dos clubes,
que ocorre nesta semana.
(PAULO GALDIERI)
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