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Luxemburgo "se escala" para impedir novo fiasco
Treinador aposta em seu retrospecto para recolocar Palmeiras na Libertadores
Técnico mais vitorioso da história do clube no Parque Antarctica diz que trauma de 2007, quando Caio Júnior falhou, é coisa do passado
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O técnico Vanderlei Luxemburgo só não vestirá uma camisa do Palmeiras hoje, contra o
Botafogo, porque prefere terno
e gravata. Mas no jogo mais importante do ano, segundo o
próprio classificou, ele chamou
a responsabilidade para si.
Mais do que uma vaga na Libertadores, competição que o
clube não disputou nas duas últimas edições, o que está em jogo é a reabilitação do elenco tido como um dos favoritos ao título nacional e que falhou.
Luxemburgo colocará à prova seu retrospecto no Parque
Antarctica para salvar o time
alviverde e impedir uma tragédia como a ocorrida em 2007.
Na ocasião, Caio Júnior conseguiu o improvável. Diante do
Atlético-MG, décimo colocado,
a equipe perdeu (3 a 1), em casa,
caiu do quarto para o sétimo lugar e ficou fora da Libertadores.
Desta vez, em terceiro na tabela, a equipe pode até perder,
desde que o Flamengo tropece
diante do Atlético-PR.
"O que aconteceu no ano passado ficou no ano passado. Vou
jogar agora onde eu, como técnico do Palmeiras, tenho um
percentual muito bom", declarou o treinador palmeirense.
Na verdade, trata-se do melhor percentual caseiro entre
todos aqueles que dirigiram o
clube alviverde na história.
Ele é o único técnico que alcançou cem vitórias no estádio
palmeirese, tendo disputado
122 confrontos. A marca foi
atingida no triunfo por 2 a 0 sobre o Ipatinga, no último dia 23.
Foram, também, 15 empates
e sete derrotas, um aproveitamento de 86%. Atrás dele aparecem Oswaldo Brandão
(82,7%), Luiz Felipe Scolari
(76,4%) e Rubens Minelli
(63,1%). Os números são da assessoria de imprensa do clube.
Para quem já estava no time
no ano passado e viveu o drama
de deixar a classificação ao torneio continental escapar na
partida derradeira do Nacional,
o treinador serviu, também, como uma espécie de psicólogo.
"O grupo é diferente, os jogadores, o treinador. A própria
equipe viveu um ano diferente
com a conquista do Paulista.
Temos de entrar em campo
atentos para que os erros do
ano passado não se repitam",
disse o volante Pierre, um dos
remanescentes de 2007.
De fato, o Palmeiras atual de
Luxemburgo tem poucas peças
restantes do grupo anterior. Da
equipe que caiu diante dos mineiros, apenas o zagueiro Gustavo e o lateral-esquerdo Leandro tentarão novamente colocar o clube na elite da América.
A semelhança com aquele fatídico 2 de dezembro é que o rival de hoje, assim como o Atlético-MG, vem a São Paulo sem
nenhuma responsabilidade.
A única preocupação do Botafogo é encerrar o jejum de
seis partidas sem vitória no
campeonato, sete ao todo com
o empate diante do Estudiantes, pela Copa Sul-Americana.
"Os três pontos não devem
significar muita coisa, mas será
bom fecharmos o ano valorizados e sem essa marca negativa",
disse o treinador Ney Franco.
Nono colocado, o clube carioca já está garantido na Sul-Americana do ano que vem.
Apesar do discurso de Franco, o Botafogo não contará com
todos os titulares. O volante
Túlio, que já se transferiu para
o Corinthians, e o meia Diguinho, que deverá deixar o clube
até o final do ano, estão fora.
Colaborou a Sucursal do Rio
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