São Paulo, domingo, 07 de dezembro de 2008

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Luxemburgo "se escala" para impedir novo fiasco

Treinador aposta em seu retrospecto para recolocar Palmeiras na Libertadores

Técnico mais vitorioso da história do clube no Parque Antarctica diz que trauma de 2007, quando Caio Júnior falhou, é coisa do passado


RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico Vanderlei Luxemburgo só não vestirá uma camisa do Palmeiras hoje, contra o Botafogo, porque prefere terno e gravata. Mas no jogo mais importante do ano, segundo o próprio classificou, ele chamou a responsabilidade para si.
Mais do que uma vaga na Libertadores, competição que o clube não disputou nas duas últimas edições, o que está em jogo é a reabilitação do elenco tido como um dos favoritos ao título nacional e que falhou.
Luxemburgo colocará à prova seu retrospecto no Parque Antarctica para salvar o time alviverde e impedir uma tragédia como a ocorrida em 2007.
Na ocasião, Caio Júnior conseguiu o improvável. Diante do Atlético-MG, décimo colocado, a equipe perdeu (3 a 1), em casa, caiu do quarto para o sétimo lugar e ficou fora da Libertadores.
Desta vez, em terceiro na tabela, a equipe pode até perder, desde que o Flamengo tropece diante do Atlético-PR.
"O que aconteceu no ano passado ficou no ano passado. Vou jogar agora onde eu, como técnico do Palmeiras, tenho um percentual muito bom", declarou o treinador palmeirense.
Na verdade, trata-se do melhor percentual caseiro entre todos aqueles que dirigiram o clube alviverde na história.
Ele é o único técnico que alcançou cem vitórias no estádio palmeirese, tendo disputado 122 confrontos. A marca foi atingida no triunfo por 2 a 0 sobre o Ipatinga, no último dia 23.
Foram, também, 15 empates e sete derrotas, um aproveitamento de 86%. Atrás dele aparecem Oswaldo Brandão (82,7%), Luiz Felipe Scolari (76,4%) e Rubens Minelli (63,1%). Os números são da assessoria de imprensa do clube.
Para quem já estava no time no ano passado e viveu o drama de deixar a classificação ao torneio continental escapar na partida derradeira do Nacional, o treinador serviu, também, como uma espécie de psicólogo.
"O grupo é diferente, os jogadores, o treinador. A própria equipe viveu um ano diferente com a conquista do Paulista. Temos de entrar em campo atentos para que os erros do ano passado não se repitam", disse o volante Pierre, um dos remanescentes de 2007.
De fato, o Palmeiras atual de Luxemburgo tem poucas peças restantes do grupo anterior. Da equipe que caiu diante dos mineiros, apenas o zagueiro Gustavo e o lateral-esquerdo Leandro tentarão novamente colocar o clube na elite da América.
A semelhança com aquele fatídico 2 de dezembro é que o rival de hoje, assim como o Atlético-MG, vem a São Paulo sem nenhuma responsabilidade.
A única preocupação do Botafogo é encerrar o jejum de seis partidas sem vitória no campeonato, sete ao todo com o empate diante do Estudiantes, pela Copa Sul-Americana.
"Os três pontos não devem significar muita coisa, mas será bom fecharmos o ano valorizados e sem essa marca negativa", disse o treinador Ney Franco.
Nono colocado, o clube carioca já está garantido na Sul-Americana do ano que vem.
Apesar do discurso de Franco, o Botafogo não contará com todos os titulares. O volante Túlio, que já se transferiu para o Corinthians, e o meia Diguinho, que deverá deixar o clube até o final do ano, estão fora.


Colaborou a Sucursal do Rio


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