|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
BOXE
Um dos maiores amadores da história, lutador treinará seleção cubana
Félix Savón, tricampeão olímpico, se aposenta
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Félix Savón, tricampeão olímpico e seis vezes campeão mundial amador dos pesados, encerrou a carreira, segundo anunciou
ontem a imprensa cubana.
A informação foi divulgada por
José Barrientos, dirigente da Comissão Nacional de Boxe de Cuba, durante uma reunião do Inder
(Instituto Nacional dos Esportes),
realizada em Havana.
Humberto Rodríguez, presidente do Inder, encontrou-se
com a cúpula do boxe cubano para traçar planos para a próxima
Olimpíada, que será em Atenas,
daqui a três anos.
Savón, 33, será o treinador da
equipe cubana, mantendo-se ligado ao esporte em que estreou aos
13 anos. O pugilista decidiu abandonar os ringues por estar perto
de completar os 34 anos, idade limite para um amador continuar
na ativa em competições internacionais, segundo o regulamento
da Aiba (Associação Internacional de Boxe Amador).
Por isso Savón não estará presente no Campeonato Nacional
Playa Girón, a primeira competição importante do calendário cubano de 2001, que será disputada
no final do mês. O pugilista também desfalcará a forte equipe cubana no Campeonato Mundial de
boxe amador, que será realizado
em junho, na Irlanda.
"Quero ser um embaixador da
boa vontade do nosso esporte",
afirmou Savón à imprensa cubana, após o anúncio de sua retirada
das competições oficiais.
Félix Savón deixa os ringues
com um cartel de 358 vitórias e
apenas 17 derrotas. O "Gigante de
Ébano", como é conhecido, tem
1,98 m e 91 kg. Savón nasceu em
Guantánamo, no extremo leste da
ilha de Cuba.
Ele atingiu o tricampeonato
olímpico no dia 30 de setembro
do ano passado, ao vencer o russo
Sultan Ibzagimov na final dos pesados dos Jogos de Sydney.
Savón conquistou seu primeiro
título olímpico em Barcelona (Espanha), em 1992, ao derrotar,
com facilidade, o nigeriano David
Inzonritei na decisão. Quatro
anos depois, em Atlanta (EUA), o
pugilista passou pelo canadense
David Defiagbon na final.
Antes dele, somente o também
pesado cubano Teófilo Stevenson
(Munique-72, Montreal-76 e
Moscou-80) e o húngaro Lazlo
Papp (entre os médios em Londres-48, e como médio-ligeiro em
Helsinque-52 e em Melbourne-56) haviam atingido esse feito. Savón, aliás, considera Stevenson
seu ídolo e inspirador.
Além do tricampeonato olímpico, Savón também foi quatro vezes campeão dos Jogos Centro-Americanos e do Caribe e detém
15 títulos do Torneio Internacional Giraldo Córdova Cardín, um
dos mais importantes do mundo.
Texto Anterior: Vôlei - Cida Santos: Multas e turbulências Próximo Texto: Vôlei: Clubes e FPV discutem alternativas às multas Índice
|