São Paulo, segunda-feira, 08 de fevereiro de 2010

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doce retorno

Robinho volta a ser Robinho na reestreia no Brasil

De letra, astro santista define o triunfo diante do São Paulo

Com pedaladas e tabelas com Neymar, além do gol, atacante repete arranque vitorioso de outros astros repatriados recentemente

Fernando Donasci/Folha Imagem
Robinho, durante o clássico em que fez o gol da vitória do Santos

MARTÍN FERNANDEZ
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Por mais uma vez, a repatriação de uma estrela no futebol brasileiro desequilibra o cenário. Ao reestrear pelo Santos, o atacante Robinho encantou e foi decisivo ao marcar o belo gol da vitória sobre o São Paulo.
Repetiu trajetória de Ronaldo, que marcou em seu primeiro clássico pelo Corinthians. Ou Adriano, que também anotou ao voltar ao Flamengo.
Ao se juntar a companheiros novos e habilidosos, Robinho, mesmo fora de forma, reviveu seu futebol apresentado no Santos até 2005, com pedaladas, tabela e gol. Elementos perdidos em sua temporada europeia de quatro anos por Real Madrid e Manchester City. Mas o atacante aponta diferenças em seu atual estilo.
"Estou mais forte e viso mais o gol", explicou o jogador, que comentou as diferenças de assédio do continente europeu e do território brasileiro. "Fico feliz de todo mundo querer falar comigo. Às vezes, pode pegar um microfone em mim. Mas estou me readaptando ao Brasil, onde comecei a jogar."
Assim como os colegas de seleção da Copa de 2006, Adriano e Ronaldo, Robinho ensaia também levar sua equipe para um título no retorno. O rubro-negro ganhou o Brasileiro, e o alvinegro, a Copa do Brasil e o Campeonato Paulista.
A vitória santista confirmou a equipe na liderança do Paulista-10, com 16 pontos. É verdade que, até agora, o astro da seleção é só o toque final do bom futebol santista nesta temporada.
Ofuscado nas câmeras pela nova estrela da companhia, Neymar é o artilheiro do campeonato, com sete gols em sete partidas. E Paulo Henrique Ganso tem conduzido a equipe.
Até Robinho admitiu que o time atual tem similaridades com aquele campeão brasileiro em 2002, com ele como ídolo.
Equipe que terá a estrela por seis meses. Tempo para buscar a redenção em casa e garantir títulos e espaço na seleção.


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