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Washington chuta sem jeito duas vezes e anota dois
Ex-atacante da Ponte Preta é decisivo na vitória do São Paulo em Campinas, que mantém o time tricolor no G4
Ponte Preta 0
São Paulo 2
DA REPORTAGEM LOCAL
Washington tem fama de artilheiro. E tem fama de grosso.
E os gols dele ontem contra a
Ponte Preta nos 2 a 0 do São
Paulo em Campinas confirmaram esses dois rótulos.
No primeiro, ele recebeu na
cara de Eduardo Martini. Chutou mal, fraco, em cima do goleiro ponte-pretano, mas a bola
passou por entre as pernas do
adversário, que fez a primeira
"alegria" do camisa 9 tricolor
-foi discreto ao comemorar
porque jogou na Ponte Preta.
O segundo gol veio após cruzamento de Hernanes da direita. Washington precisou finalizar duas vezes para marcar.
Após Eduardo Martini dar rebote, o artilheiro são-paulino
(cinco gols no Paulista agora,
mais que Fernandinho), quase
sentado, se esticou para tocar
na pequena área, bem ao seu
estilo raçudo, para as redes.
Os dois gols saíram num primeiro tempo movimentado,
em que os são-paulinos reclamaram de um pênalti em Cicinho (que não houve, já que se
atirou) e do pênalti marcado
para a Ponte Preta (não houve,
pois Xandão só encostou em
Otacílio Neto, não o derrubou).
O fraco árbitro Edson Reis
Pavani Júnior, que ignorou o
avanço tradicional de Rogério
Ceni (e de muitos outros goleiros mundo afora) na defesa do
pênalti cobrado por Fabiano
Gadelha, não deu um pênalti de
Xandão no fim do primeiro
tempo, num toque no adversário muito mais significativo do
que aquele que gerou a penalidade máxima que foi marcada.
Jogando com menos volantes ontem (só Jean, Richarlyson e Hernanes, que foi mais
um meia), o São Paulo fez um
jogo bem mais atrativo do que
aquele contra o Oeste, embora
a Ponte Preta tenha começado
melhor a partida -Cicinho,
ainda em má forma, quase entregou o ouro em recuo infeliz.
Com Ricardo Gomes de volta
ao banco de reservas, recuperado de um acidente vascular cerebral, o time do Morumbi começou a partida fora do G4 do
Paulista, mas terminou o jogo
em uma posição até melhor do
que a do começo da rodada
-agora, é o terceiro colocado.
O São Paulo, com Cicinho como lateral, e não no meio, correspondeu bem mais. Ele e
Hernanes retornaram ao time
após serem poupados. Hernanes armou melhor as jogadas
de ataque, com Jean e Richarlyson cuidando mais do combate.
Com Dagoberto, Washington e
Marcelinho (Fernandinho sentiu dores e não atuou), a equipe
melhorou bem ofensivamente.
Já a Ponte Preta penou nas
conclusões, em especial por
conta de seu atual "Washington", o ex-corintiano Finazzi,
que, além de não ter técnica refinada, faz menos gols que o
centroavante são-paulino.
Até ontem, Washington marcava em 2010 um gol a cada 5,5
finalizações. Agora, é um tento
a cada 4,3.
(RODRIGO BUENO)
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