São Paulo, segunda-feira, 08 de março de 2010

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Mais um Fedato surge no Palmeiras

Filho de ex-atacante dos anos gloriosos do clube paulista é o novo fisiologista da comissão técnica de Antônio Carlos

Desde de que o treinador assumiu o cargo deixado por Muricy Ramalho, quatro membros de antigos estafes já foram trocados no clube

DA REPORTAGEM LOCAL

O palmeirense com mais de 40 anos certamente reconhece o nome de Fedato, ex-atacante do clube nas décadas de 60 e 70 e ex-treinador nos anos 80.
O "talismã", que entrava no segundo tempo das partidas para fazer gols importantes, morreu há dez anos de problemas cardíacos. Agora, um outro Fedato espera ajudar o Palmeiras. Não fazendo gols, mas preparando quem possui esse dom -que ele não herdou do pai.
"Não que eu tenha tentado jogar. Nunca gostei de treinar. O que adoro é dar treino", diz Antônio Carlos Fedato Filho, 30, novo fisiologista do clube. Ele vai substituir Paulo Zogaib, que sairá da linha de frente do departamento para, segundo o próprio, "prestar consultoria".
Desde que o treinador Antônio Carlos substituiu Muricy Ramalho, já caíram o preparador físico Omar Feitosa, o preparador de goleiros Cantarele e o fisioterapeuta Mário Peixoto.
Assim, o novo comandante palmeirense vai remontando no Parque Antarctica o estafe que o acompanhava no São Caetano, sua antiga casa. O auxiliar Wellington de Oliveira e o preparador físico Carlos Pacheco completam o quadro.
"Já tinha trabalhado com o Zago [como o técnico é chamado] quando ele era atleta [no Juventude]. Por isso a expectativa é a melhor possível. Vim para um clube grande, para o time que sempre torci. Nasci aqui dentro", afirma Fedato.
A recordação que ele guarda do pai como atleta vem do videoteipe. Quando passou a conviver com os jogadores, o pai já era treinador de futebol.
"Tenho recorte de jornal desde a época em que ele jogou no infantil do Palmeiras. Meu pai sempre me contava muitas histórias dos tempos em que jogou com Ademir da Guia, Dudu, Leivinha", diz o fisiologista.
Depois da morte do pai -que tinha 51 anos-, a ordem se inverteu. Fedato, o filho, começou a ouvir dos ex-companheiros de seu progenitor as histórias vividas nos áureos tempos das Academias palmeirenses.
"Todo ano vou ao jantar dos veteranos do Palmeiras. Já conversei com o "seo Valdir" [Joaquim de Moraes, ex-goleiro e atualmente auxiliar técnico da equipe], ele me disse que eram grandes amigos."
Formado há nove anos, Fedato passou pelo Goiás, com o técnico Hélio dos Anjos, com quem foi trabalhar na seleção da Arábia Saudita, em 2007. Experiência que o fez recordar mais uma vez da figura paterna.
"Quando meu pai era treinador, eu morei em Riad [capital do país] durante três anos. Jamais imaginei que voltaria para lá e ainda mais para trabalhar com futebol, como o meu pai", afirma. (RENAN CACIOLI)


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