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Mais um Fedato surge no Palmeiras
Filho de ex-atacante dos anos gloriosos do clube paulista é o novo fisiologista da comissão técnica de Antônio Carlos
Desde de que o treinador assumiu o cargo deixado por Muricy Ramalho, quatro membros de antigos estafes já foram trocados no clube
DA REPORTAGEM LOCAL
O palmeirense com mais de
40 anos certamente reconhece
o nome de Fedato, ex-atacante
do clube nas décadas de 60 e 70
e ex-treinador nos anos 80.
O "talismã", que entrava no
segundo tempo das partidas
para fazer gols importantes,
morreu há dez anos de problemas cardíacos. Agora, um outro
Fedato espera ajudar o Palmeiras. Não fazendo gols, mas preparando quem possui esse dom
-que ele não herdou do pai.
"Não que eu tenha tentado
jogar. Nunca gostei de treinar.
O que adoro é dar treino", diz
Antônio Carlos Fedato Filho,
30, novo fisiologista do clube.
Ele vai substituir Paulo Zogaib,
que sairá da linha de frente do
departamento para, segundo o
próprio, "prestar consultoria".
Desde que o treinador Antônio Carlos substituiu Muricy
Ramalho, já caíram o preparador físico Omar Feitosa, o preparador de goleiros Cantarele e
o fisioterapeuta Mário Peixoto.
Assim, o novo comandante
palmeirense vai remontando
no Parque Antarctica o estafe
que o acompanhava no São
Caetano, sua antiga casa. O auxiliar Wellington de Oliveira e o
preparador físico Carlos Pacheco completam o quadro.
"Já tinha trabalhado com o
Zago [como o técnico é chamado] quando ele era atleta [no
Juventude]. Por isso a expectativa é a melhor possível. Vim
para um clube grande, para o time que sempre torci. Nasci
aqui dentro", afirma Fedato.
A recordação que ele guarda
do pai como atleta vem do videoteipe. Quando passou a
conviver com os jogadores, o
pai já era treinador de futebol.
"Tenho recorte de jornal desde a época em que ele jogou no
infantil do Palmeiras. Meu pai
sempre me contava muitas histórias dos tempos em que jogou
com Ademir da Guia, Dudu,
Leivinha", diz o fisiologista.
Depois da morte do pai -que
tinha 51 anos-, a ordem se inverteu. Fedato, o filho, começou a ouvir dos ex-companheiros de seu progenitor as histórias vividas nos áureos tempos
das Academias palmeirenses.
"Todo ano vou ao jantar dos
veteranos do Palmeiras. Já
conversei com o "seo Valdir"
[Joaquim de Moraes, ex-goleiro e atualmente auxiliar técnico da equipe], ele me disse que
eram grandes amigos."
Formado há nove anos, Fedato passou pelo Goiás, com o
técnico Hélio dos Anjos, com
quem foi trabalhar na seleção
da Arábia Saudita, em 2007.
Experiência que o fez recordar
mais uma vez da figura paterna.
"Quando meu pai era treinador, eu morei em Riad [capital
do país] durante três anos. Jamais imaginei que voltaria para
lá e ainda mais para trabalhar
com futebol, como o meu pai",
afirma.
(RENAN CACIOLI)
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