São Paulo, domingo, 08 de abril de 2007

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Palmeiras faz "final" para evitar férias

Se não for aos mata-matas do Paulista, equipe, já eliminada da Copa do Brasil, terá mais de um mês sem jogos oficiais

Tropeço com Guaratinguetá hoje, em casa, praticamente sela eliminação do time de Caio Júnior, que só voltaria aos gramados no Brasileiro


LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL

Vencer ou folgar por um mês.
Essa é a realidade do Palmeiras, que recebe hoje o Guaratinguetá no Parque Antarctica e precisa dos três pontos para continuar sonhando com as semifinais do Paulista. Se perder pontos, o time -que já não depende só de si para avançar- continuará com remotas chances de classificação.
Se não chegar aos mata-matas do Estadual, o time de Caio Júnior ficará inativo por mais de 30 dias -eliminado precocemente da Copa do Brasil, só voltará a campo no dia 13 de maio, pelo Campeonato Brasileiro, após a rodada final do Paulista, na quarta-feira.
Ainda abalados pela queda na competição nacional ante o Ipatinga nos pênaltis, os jogadores vêem com ansiedade a perspectiva de outra "final".
"O futebol é bom por causa disso, há jogos constantes", afirmou o meio-campista Michael, ao ser indagado sobre a dificuldade de fazer uma partida decisiva três dias depois do mata-mata contra a equipe do interior de Minas.
"Agora, o foco é total no Paulista, para ganharmos do Guaratinguetá e do São Bento [na última partida da primeira fase]. Todos no elenco estão imbuídos desse objetivo."
Mas Caio Júnior tenta amenizar a pressão sobre o elenco, que joga todas as fichas do primeiro semestre no Estadual.
"O time entra mais pressionado na visão de jornalistas e torcedores. Mas, internamente, não há essa pressão, há a situação normal de precisar vencer", disse ele, enfatizando que o projeto é de longo prazo e que isso deve gerar tranqüilidade, apesar de precisar vencer e torcer por outros resultados.
Além do "doping psicológico", da busca por transformar a frustração pela eliminação na Copa do Brasil em motivação, o treinador tem à disposição no estafe um profissional com informações privilegiadas sobre o rival desta tarde.
O gerente de futebol, Toninho Cecílio, comandou o time do Vale do Paraíba por boa parte do Paulista. Até sexta-feira, porém, ele não foi procurado por Caio Júnior para falar do Guaratinguetá.
"Não devo tratar desse assunto. A análise do Guará ficará a cargo do Caio e dos auxiliares dele. Mas, claro, caso eles me consultem, posso opinar", disse o dirigente, que não concordou em expor os pontos fortes e fracos do rival na decisão de hoje.
"Sei que será um grande adversário. O Guaratinguetá está muito bem organizado e espero um jogo difícil, mas prefiro não comentar a parte tática."
Do lado do time visitante, livre da ameaça de rebaixamento e que tem como meta a classificação para o "Torneio do Interior", também há um velho conhecido do Palmeiras, o treinador Márcio Araújo, que já comandou a equipe alviverde. Ele estima que, com um empate hoje e uma vitória na rodada final sobre o Noroeste, seu time (que perdeu de Santos, São Paulo e Corinthians) chegue aos mata-matas interioranos.


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