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Palmeiras faz "final" para evitar férias
Se não for aos mata-matas do Paulista, equipe, já eliminada da Copa do Brasil, terá mais de um mês sem jogos oficiais
Tropeço com Guaratinguetá hoje, em casa, praticamente
sela eliminação do time de Caio Júnior, que só voltaria
aos gramados no Brasileiro
LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL
Vencer ou folgar por um mês.
Essa é a realidade do Palmeiras, que recebe hoje o Guaratinguetá no Parque Antarctica
e precisa dos três pontos para
continuar sonhando com as semifinais do Paulista. Se perder
pontos, o time -que já não depende só de si para avançar-
continuará com remotas chances de classificação.
Se não chegar aos mata-matas do Estadual, o time de Caio
Júnior ficará inativo por mais
de 30 dias -eliminado precocemente da Copa do Brasil, só
voltará a campo no dia 13 de
maio, pelo Campeonato Brasileiro, após a rodada final do
Paulista, na quarta-feira.
Ainda abalados pela queda na
competição nacional ante o
Ipatinga nos pênaltis, os jogadores vêem com ansiedade a
perspectiva de outra "final".
"O futebol é bom por causa
disso, há jogos constantes",
afirmou o meio-campista Michael, ao ser indagado sobre a
dificuldade de fazer uma partida decisiva três dias depois do
mata-mata contra a equipe do
interior de Minas.
"Agora, o foco é total no Paulista, para ganharmos do Guaratinguetá e do São Bento [na
última partida da primeira fase]. Todos no elenco estão imbuídos desse objetivo."
Mas Caio Júnior tenta amenizar a pressão sobre o elenco,
que joga todas as fichas do primeiro semestre no Estadual.
"O time entra mais pressionado na visão de jornalistas e
torcedores. Mas, internamente, não há essa pressão, há a situação normal de precisar vencer", disse ele, enfatizando que
o projeto é de longo prazo e que
isso deve gerar tranqüilidade,
apesar de precisar vencer e torcer por outros resultados.
Além do "doping psicológico", da busca por transformar a
frustração pela eliminação na
Copa do Brasil em motivação, o
treinador tem à disposição no
estafe um profissional com informações privilegiadas sobre o
rival desta tarde.
O gerente de futebol, Toninho Cecílio, comandou o time
do Vale do Paraíba por boa parte do Paulista. Até sexta-feira,
porém, ele não foi procurado
por Caio Júnior para falar do
Guaratinguetá.
"Não devo tratar desse assunto. A análise do Guará ficará
a cargo do Caio e dos auxiliares
dele. Mas, claro, caso eles me
consultem, posso opinar", disse
o dirigente, que não concordou
em expor os pontos fortes e fracos do rival na decisão de hoje.
"Sei que será um grande adversário. O Guaratinguetá está
muito bem organizado e espero
um jogo difícil, mas prefiro não
comentar a parte tática."
Do lado do time visitante, livre da ameaça de rebaixamento
e que tem como meta a classificação para o "Torneio do Interior", também há um velho conhecido do Palmeiras, o treinador Márcio Araújo, que já comandou a equipe alviverde. Ele
estima que, com um empate
hoje e uma vitória na rodada final sobre o Noroeste, seu time
(que perdeu de Santos, São
Paulo e Corinthians) chegue
aos mata-matas interioranos.
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