São Paulo, domingo, 08 de abril de 2007

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Só zebra histórica tira Brasil da Davis

Em Florianópolis, Saretta faz 2 a 0 diante do Canadá, que em 94 anos nunca reverteu essa desvantagem

FERNANDO ITOKAZU
ENVIADO ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS

O Brasil se aproximou da vitória no confronto com o Canadá pela Copa Davis, que novamente teve a programação atrasada ontem, em Florianópolis. Desta vez, não só pela falta de iluminação natural mas também pela chuva.
O placar mostra 2 a 0 para o Brasil, que precisa vencer apenas mais um jogo dos três que restam para se garantir na disputa, em setembro, por uma vaga no Grupo Mundial (a elite da Davis) no próximo ano.
O favoritismo é todo brasileiro. A equipe joga no piso de sua preferência, o saibro, diante da torcida e, se deixar escapar o triunfo, sofrerá uma derrota histórica: o Canadá disputa a Copa Davis desde 1913, registra 129 confrontos e nunca em toda essa longa história virou uma desvantagem de 2 a 0.
A primeira tentativa que o Brasil tem para manter a escrita dos adversários está nas mãos de Gustavo Kuerten e André Sá, que terminam de enfrentar Daniel Nestor e Frederic Niemeyer. Juntos, os canadenses nunca perderam um jogo de duplas na Copa Davis.
A partida começou ontem e foi interrompida, primeiro pela chuva e depois pela falta de iluminação natural.
A chuva não era abundante, mas persistente, e interrompeu a partida de duplas por volta das 13h30 no momento em que Guga/Sá vencia, com uma quebra de vantagem, por 4/3.
Com uma trégua da chuva, duas horas depois, a organização tirou a lona que protegia a quadra e começou a prepará-la para o reinício do confronto.
Os jogadores voltaram à quadra. Os brasileiros só precisaram confirmar os serviços para fechar o primeiro set em 6/4.
Os canadenses reagiram. Venceram o segundo por 6/3 e tinham vantagem de 4/3 e saque, quando a partida foi paralisada por falta de iluminação natural. O reinício do jogo está marcado para as 10h de hoje.
Guga disse ter gostado da interrupção. "Amanhã [hoje] dá para voltar mais fresquinho", afirmou. "Vamos virar esse jogo, vamos dar um jeito."
Na opinião do capitão brasileiro, Francisco Costa, a recuperação canadense aconteceu por causa de Daniel Nestor, quinto do mundo em duplas.
"O Nestor se impôs bastante. Ele sacou, voleou, fez tudo, mas não é infalível. Vamos ver se ele volta amanhã [hoje] como voltou depois da chuva."
Pela programação inicial do confronto, a partida de duplas seria a única disputa ontem e começaria às 12h, porém, só teve início depois das 13h.
Antes, Flávio Saretta precisou encerrar seu jogo com Frederic Niemeyer, que não foi finalizado anteontem também por falta de luz natural.
Depois de se complicar em um jogo que dominava na sexta (permitiu o empate em 1 set a 1 antes da interrupção), o brasileiro não teve dificuldades para vencer dois sets ontem e marcar 3 a 1 (6/4, 6/7, 6/2 e 6/1).
"Ontem [anteontem] deixei o segundo set escapar, mas voltei jogando bem e melhorei o saque", disse Saretta, que achou a parada benéfica.
O dia começou chuvoso em Florianópolis e a fina, mas constante, garoa deixou a quadra mais lenta. "Para nós, quanto mais lento o jogo ficar, melhor", disse Saretta.
Como Niemeyer também estava escalado para duplas, foi necessário um intervalo regulamentar após a derrota para descanso do canadense.
E, antes do início das duplas, houve ainda a cerimônia de abertura, o que atrasou um pouco mais a programação.
Hoje, após a conclusão do jogo de duplas, Flávio Saretta enfrenta Frank Dancevic e na seqüência Ricardo Mello pega Frederic Niemeyer.


NA TV - Brasil x Canadá
Sportv2, ao vivo, às 10h



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