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Só zebra histórica tira Brasil da Davis
Em Florianópolis, Saretta faz 2 a 0 diante do Canadá, que em 94 anos nunca reverteu essa desvantagem
FERNANDO ITOKAZU
ENVIADO ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS
O Brasil se aproximou da vitória no confronto com o Canadá pela Copa Davis, que novamente teve a programação
atrasada ontem, em Florianópolis. Desta vez, não só pela falta de iluminação natural mas
também pela chuva.
O placar mostra 2 a 0 para o
Brasil, que precisa vencer apenas mais um jogo dos três que
restam para se garantir na disputa, em setembro, por uma vaga no Grupo Mundial (a elite da
Davis) no próximo ano.
O favoritismo é todo brasileiro. A equipe joga no piso de sua
preferência, o saibro, diante da
torcida e, se deixar escapar o
triunfo, sofrerá uma derrota
histórica: o Canadá disputa a
Copa Davis desde 1913, registra
129 confrontos e nunca em toda essa longa história virou
uma desvantagem de 2 a 0.
A primeira tentativa que o
Brasil tem para manter a escrita dos adversários está nas
mãos de Gustavo Kuerten e André Sá, que terminam de enfrentar Daniel Nestor e Frederic Niemeyer. Juntos, os canadenses nunca perderam um jogo de duplas na Copa Davis.
A partida começou ontem e
foi interrompida, primeiro pela
chuva e depois pela falta de iluminação natural.
A chuva não era abundante,
mas persistente, e interrompeu
a partida de duplas por volta
das 13h30 no momento em que
Guga/Sá vencia, com uma quebra de vantagem, por 4/3.
Com uma trégua da chuva,
duas horas depois, a organização tirou a lona que protegia a
quadra e começou a prepará-la
para o reinício do confronto.
Os jogadores voltaram à quadra. Os brasileiros só precisaram confirmar os serviços para
fechar o primeiro set em 6/4.
Os canadenses reagiram.
Venceram o segundo por 6/3 e
tinham vantagem de 4/3 e saque, quando a partida foi paralisada por falta de iluminação
natural. O reinício do jogo está
marcado para as 10h de hoje.
Guga disse ter gostado da interrupção. "Amanhã [hoje] dá
para voltar mais fresquinho",
afirmou. "Vamos virar esse jogo, vamos dar um jeito."
Na opinião do capitão brasileiro, Francisco Costa, a recuperação canadense aconteceu
por causa de Daniel Nestor,
quinto do mundo em duplas.
"O Nestor se impôs bastante.
Ele sacou, voleou, fez tudo, mas
não é infalível. Vamos ver se ele
volta amanhã [hoje] como voltou depois da chuva."
Pela programação inicial do
confronto, a partida de duplas
seria a única disputa ontem e
começaria às 12h, porém, só teve início depois das 13h.
Antes, Flávio Saretta precisou encerrar seu jogo com Frederic Niemeyer, que não foi finalizado anteontem também
por falta de luz natural.
Depois de se complicar em
um jogo que dominava na sexta
(permitiu o empate em 1 set a 1
antes da interrupção), o brasileiro não teve dificuldades para
vencer dois sets ontem e marcar 3 a 1 (6/4, 6/7, 6/2 e 6/1).
"Ontem [anteontem] deixei o
segundo set escapar, mas voltei
jogando bem e melhorei o saque", disse Saretta, que achou a
parada benéfica.
O dia começou chuvoso em
Florianópolis e a fina, mas
constante, garoa deixou a quadra mais lenta. "Para nós, quanto mais lento o jogo ficar, melhor", disse Saretta.
Como Niemeyer também estava escalado para duplas, foi
necessário um intervalo regulamentar após a derrota para
descanso do canadense.
E, antes do início das duplas,
houve ainda a cerimônia de
abertura, o que atrasou um
pouco mais a programação.
Hoje, após a conclusão do jogo de duplas, Flávio Saretta enfrenta Frank Dancevic e na seqüência Ricardo Mello pega
Frederic Niemeyer.
NA TV - Brasil x Canadá
Sportv2, ao vivo, às 10h
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