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Rio contraria TCU e realiza contratação sem licitar
Segundo ministério, faltou diálogo entre Co-Rio e pasta
DA REPORTAGEM LOCAL
Em seu último relatório sobre o Pan-2007, o Tribunal de
Contas da União dedicou vários
parágrafos com alertas sobre a
necessidade de licitações para
gastos com os Jogos. O pedido,
porém, não foi atendido na última contratação, que envolveu
valor superior a R$ 21 milhões.
Sem passar por uma licitação, a Mondo Entretenimento
foi selecionada para cuidar das
cerimônias de abertura, encerramento, premiações e as apresentações dos esportes ao público no Pan e no Para-Pan.
Segundo a Secretaria de
Acompanhamento do Pan, órgão vinculado ao Ministério do
Esporte, a irregularidade foi
atribuída a problema de comunicação entre o Co-Rio e a pasta, que realizou a contratação
da empresa de São Paulo.
A Sepan alega que não haveria tempo hábil para realizar licitação pois as especificações
técnicas foram repassadas pelo
Co-Rio apenas recentemente.
O comitê organizador explica
que não tinha pessoal qualificado para desenvolver projetos
das cerimônias. Assim, diz, ""o
Co-Rio só pôde acelerar a preparação depois de viabilizar a
contratação de profissionais".
Por conta de problemas envolvendo licitações ligadas ao
Pan, o ministro Marcos Vilaça,
do TCU, mostrou forte preocupação com atrasos.
A taxa de administração da
Mondo sobre o contrato de R$
21 milhões é de 9,6% -a menor
entre as concorrentes. A convite, também participaram da seleção Rafael Reisman (DF),
Dream Factory (RJ) e CIE (SP).
Segundo o ministério, o investimento federal nas cerimônias será de R$ 39 milhões. Parte do valor, R$ 6,5 milhões, já
foi convertida em convênio
com o Co-Rio. A verba foi dirigida ao núcleo de criação e gerenciamento de cerimônias,
que definirá, por exemplo,
enredos, cenários e figurinos.
O restante, R$ 11,5 milhões,
será convertido em mais convênios para cobertura de despesas com recursos humanos,
passagens e hospedagem dos
profissionais envolvidos e produção de figurinos e adereços.
Diversas contratações ligadas ao Pan aconteceram sem licitação, como a da International Sports Broadcasting, que
vai captar, produzir os sinais
internacionais de rádio e TV.
A União não licitou um contrato de R$ 161 milhões para a
segurança dos Jogos do Rio e,
em sua esteira, a Prefeitura do
Rio fez o mesmo, em negócios
que somam R$ 134 milhões.
Outro contrato que causou
polêmica foi celebrado com a
Ticketronics -para venda de
bilhetes do Pan-, empresa de
um sócio do diretor técnico do
COB Marcus Vinícius Freire
em outro empreendimento.
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(EDUARDO OHATA)
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