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McLaren enfrenta outro tapetão, com risco de eliminação
Entidade que controla a F-1, no entanto, diz isentar Lewis
Hamilton, o atual campeão, que não teria culpa por mentira
Escuderia terá de se explicar
no dia 29 sobre o episódio
envolvendo britânico e
Jarno Trulli, na abertura da
temporada, na Austrália
DA REPORTAGEM LOCAL
A McLaren terá de se explicar ao Conselho Mundial da
FIA, pela terceira vez em dois
anos, por conta do episódio que
custou a Lewis Hamilton a exclusão do GP da Austrália.
O caso já provocou baixa em
suas fileiras: o diretor esportivo
da escuderia, Dave Ryan, que já
trabalhava na McLaren havia
35 anos, foi demitido ontem. E
a McLaren corre ainda o risco
de ser suspensa da competição.
A FIA divulgou ontem, por
meio de comunicado oficial,
que a equipe é acusada de haver
infringido cinco pontos do Código Esportivo Internacional.
Uma reunião extraordinária
do conselho foi marcada para o
próximo dia 29, em Paris. É a
quarta-feira posterior à etapa
do Bahrein do Mundial de F-1.
A confusão envolvendo Hamilton e Jarno Trulli na etapa
de abertura do Mundial ocorreu após o safety car entrar na
pista e Trulli ir para a grama
após perder controle do carro.
Hamilton o ultrapassou e
consultou sua equipe, via rádio,
para saber se tinha de devolver
a posição -o que, segundo as
regras, não precisava ocorrer.
Porém, enquanto a equipe
consultava a direção de prova, o
britânico diminuiu a velocidade e devolveu o lugar a Trulli.
Hamilton disse aos comissários que o piloto da Toyota o ultrapassara, o que provocou punição a Trulli. Mas declarações
posteriores fizeram com que a
FIA consultasse gravações do
rádio entre ele e a McLaren e
invertessem a pena, pois Hamilton e Ryan haviam mentido.
A entidade que rege a F-1,
contudo, não fez acusações a
Hamilton e deixou claro que
crê na inocência do britânico.
Além de demitir Ryan, que
inicialmente havia sofrido apenas uma suspensão, a McLaren
informou que iria ""cooperar totalmente com todos os procedimentos do conselho".
No mesmo comunicado, o time acrescentou que recebia de
forma positiva ""a oportunidade
de trabalhar com a FIA em busca do que é melhor para a F-1".
Em 2007, a McLaren foi punida em US$ 100 milhões e perdeu os pontos do Mundial de
Construtores por ter tido acesso a dados da Ferrari. Foi outra
violação do artigo 151c do Código Esportivo Internacional.
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