São Paulo, quarta-feira, 08 de abril de 2009

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Mais eficiente, esquema 4-4-2 vira a 1ª opção de Muricy

Em 2009, tática com quatro no meio tem aproveitamento superior à com três zagueiros, o que deve levar técnico do São Paulo a adotá-la contra o Defensor

DA REPORTAGEM LOCAL

Meia clássico na década de 70, Muricy Ramalho, desde que virou técnico, gosta de esquemas táticos que favoreçam atletas com essas características. Por isso, prefere o 4-4-2, com quatro no meio-campo para valorizar a posse de bola.
Desde que chegou ao São Paulo, há mais de três anos, o treinador vem tentando fixar o esquema no time do Morumbi. Já adotou esse sistema em vários momentos, algumas vezes com sucesso, outras não.
Mas, na maior parte dos campeonatos, os são-paulinos retornam ao 3-5-2, com três zagueiros, dois alas abertos e três na faixa do meio-campo.
Muricy, insistente, tenta de novo a mudança neste ano. Desta vez, parece dar certo.
Ontem, o treinador deu a entender que deve manter o esquema com quatro jogadores no meio para a partida da Libertadores, contra o Defensor, às 19h15 de amanhã, no Morumbi. "Estou estudando ainda, mas, quando time está indo bem, o técnico não tem que se meter muito senão atrapalha", contou ele, sobre as últimas partidas da equipe no 4-4-2.
De fato, os números de 2009 referendam a decisão de Muricy. O aproveitamento do São Paulo com quatro no meio é bem superior ao com três zagueiros. Até agora, marcou 28 pontos em 15 jogos com o esquema 3-5-2. Ou seja, obteve 62,2% dos pontos, contabilizados o Estadual e a Libertadores. Com o meio-campo reforçado por mais um atleta, o clube garantiu 19 pontos em sete partidas, aproveitamento de 90,5%.
No 4 -4-2, a equipe só deixou de ganhar um jogo, diante do São Caetano, na última rodada da primeira fase do Paulista, quando tinha apenas dois titulares absolutos em campo.
"A questão não é ter três atrás, é mais o meio. A nossa qualidade com os quatro no meio é muito forte. Quando joga com três atrás, o time perde um no meio", explicou Muricy.
Teoricamente, a formação preferida do treinador tem Jean, Arouca, Hernanes e Jorge Wagner. Nenhum deles possui, naturalmente, a característica de Muricy quando jogador, ou seja, ser um meia clássico.
É a falta desse jogador que vinha impedindo o treinador de adotar o 4-4-2. Mas, desde o ano passado, ele adapta Hernanes, que antes atuava como volante, nessa função.
Tem funcionado. Hernanes é o jogador mais acionado do Paulista, com 35,5 bolas recebidas por jogo. Ainda acumula a posição de quarto maior lançador (1,4 lançamento por partida) e quarto que mais deu assistências, com sete no total.
Parece o suficiente para convencer Muricy Ramalho.


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