São Paulo, sexta-feira, 08 de abril de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Times brasileiros sofrem no exterior

LIBERTADORES
Aproveitamento fora de casa é o pior desde a adoção do modelo atual do torneio, em 2005


RODRIGO BUENO
DE SÃO PAULO

O campeão brasileiro ruiu no Uruguai, e o campeão da Libertadores caiu no México.
As derrotas de Fluminense e Inter anteontem ajudaram a fazer da campanha nacional em 2011 a pior no exterior desde 2005, o primeiro ano da competição continental em seu atual formato.
Foram 13 jogos para times do país nesta edição em território estrangeiro, com seis derrotas, cinco empates e apenas duas vitórias. Isso representa um aproveitamento de só 28,2% dos pontos, índice bem abaixo da média registrada nos últimos anos.
Há dois anos, os clubes brasileiros chegaram a registrar um aproveitamento coletivo de 70,1%. Nesta fase moderna da Libertadores, com um mata-mata antes da fase de grupos, a pior campanha nacional no exterior tinha sido vista em 2005: 33,3%.
A derrocada nacional fora do país começou em Ibagué, onde o Corinthians caiu ante o Tolima (2 a 0) numa pioneira eliminação brasileira na primeira fase da disputa -apelidada "Pré-Libertadores", mas que, na verdade, já faz parte do campeonato.
Depois, só o Cruzeiro e o Inter venceram fora de casa, contra frágeis rivais que acumulam derrotas no torneio.
O time mineiro fez 2 a 0 no Guaraní, no Paraguai, e o gaúcho bateu o Jorge Wilstermann por 4 a 1, na Bolívia.
Os cruzeirenses, donos da melhor campanha na fase de grupos da Libertadores, são os únicos do país que não perderam ainda no exterior.
Seguraram um 0 a 0 diante do Tolima, na Colômbia, numa partida em que o goleiro Fábio pegou pênalti. E o time de Cuca ainda fará seu jogo mais duro fora de casa, contra o argentino Estudiantes.
Na próxima semana, o Santos terá uma "final" contra o Cerro Porteño, em Assunção, e não contará com Neymar, Elano e Zé Love, todos suspensos. Para não depender de outros resultados, o time, que não venceu o Táchira na Venezuela, precisa superar o campo inimigo.
O técnico Muricy Ramalho, que no comando do Fluminense perdeu para o América no México (0 a 1), terá sua primeira missão com o Santos na Libertadores nessa decisão em solo paraguaio.
O Grêmio, que começou a Libertadores na primeira fase, fez três partidas fora de casa e não venceu nenhuma. O time gaúcho empatou com o uruguaio Liverpool e com o peruano León de Huánuco. E foi derrotado pelo colombiano Junior Barranquilla.
Com a derrota de anteontem por 1 a 0 para o Jaguares, o Inter perdeu sua invencibilidade e adiou sua classificação para o mata-mata. Porém tem situação bem mais confortável do que a do Fluminense, que levou 2 a 0 do Nacional no estádio Centenário.
O time carioca tem remotas chances de classificação. Não basta apenas vencer o Argentinos Juniors fora de casa. Também precisa torcer contra o Nacional diante do América, em Montevidéu.


Texto Anterior: Painel FC
Próximo Texto: Grêmio triunfa em casa e se classifica
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.