São Paulo, sexta-feira, 08 de abril de 2011

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Muricy chega e já defende Neymar

SANTOS
Bem-humorado, treinador é apresentado e pede mais "uns cinco problemáticos" como o atacante


LEONARDO LOURENÇO
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Aquele Muricy Ramalho turrão de passagens por São Paulo e Palmeiras nas últimas temporadas não foi o que ontem foi apresentado como técnico do Santos.
O treinador campeão brasileiro chegou bem-humorado a seu novo clube, apesar da crítica situação da equipe na Libertadores, principal objetivo nesta temporada.
E fez questão de exaltar o atacante Neymar, expulso na partida de anteontem ao comemorar seu gol com uma máscara distribuída por um patrocinador pessoal dele.
O departamento de marketing do Santos admitiu que a comemoração era planejada e que desconhecia a possibilidade de o jogador ser punido com um cartão amarelo.
"Eu queria mais uns cinco problemáticos como ele [Neymar] no meu time", disse Muricy, irônico. "São esses que fazem a diferença. A gente tem que entender a alegria de jogar. Depois de um golaço como o de ontem [anteontem], se eu sou o juiz eu viro a cara", brincou o treinador.
"O Neymar vai ser um dos melhores do mundo, e não podemos tirar dele o que ele tem de melhor, que é esse improviso. Caso contrário, vai ficar igual aos outros."
Porém o desequilíbrio do Santos, que teve três jogadores expulsos diante do Colo Colo (Zé Love e Elano, além de Neymar), já fez o treinador modificar seus planos.
Muricy pretendia contar com o time completo no domingo, contra o Americana, pelo Paulista, quatro dias antes da decidir sua vida na Libertadores diante do Cerro Porteño, em Assunção.
"A gente não esperava perder esses jogadores para a próxima partida. Perdemos três e não podemos perder mais três. Então alguns não vão nem jogar contra o Americana. Quinta-feira vai ser uma decisão", declarou.
A preocupação de Muricy se justifica. O Santos trata a competição internacional como seu maior objetivo na temporada e abriu os cofres no começo do ano para montar um elenco milionário.
Só que o time faz má campanha nesta Libertadores e depende de duas vitórias em dois confrontos para avançar na competição sem depender de resultados de terceiros.
"São garotos que oscilam um pouco. A situação é complicada, a decisão é na casa deles [Cerro] e ainda temos jogadores fora do time."
O técnico se escora em seu currículo vitorioso para se manter otimista. "Meu DNA é de ganhar. Senão vocês da imprensa vão me cornetar e o presidente vai me mandar embora. Não sei perder."


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