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São Paulo, quinta-feira, 08 de maio de 2003

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POLÍTICA

Ex-atleta, que assumirá cargo no ministério, defende o uso das verbas da Lei Piva no desenvolvimento de atletas

Paula exige fim da "farra das passagens"

EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

A ex-jogadora de basquete Paula, 41, que assume amanhã em Brasília a Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento, exigirá das confederações esportivas nacionais que se beneficiam do dinheiro público que apresentem uma contrapartida na forma de desenvolvimento de atletas.
Na mesma ocasião também serão nomeados o secretário nacional de Esporte Educacional, Orlando Silva Jr., e o secretário nacional de Desenvolvimento de Esporte e Lazer, Lino Castellani.
"As confederações têm de formar atletas. Várias delas empregam o dinheiro que recebem da Lei Piva apenas em competições, mas não acho certo esse dinheiro pagar só bilhete aéreo e despesas de estadia. Vou cobrar uma contrapartida", analisou Paula, que na manhã de ontem entregou o cargo de administradora do Centro Olímpico do Ibirapuera, ligado à Prefeitura de São Paulo.
A sua indicação foi negociada pelo ministro Agnelo Queiroz com Nádia Campeão, secretária municipal de Esporte. Ambos são do mesmo partido (PC do B).
Paula reconhece que os primeiros dias à frente da secretaria nacional servirão para se adaptar à nova função. Ela afirma que primeiro tem de travar contato com a equipe com que trabalhará e salienta que os quadros da secretaria ainda não estão completos.
"Estou estudando um nome para o departamento paraolímpico. Andei discutindo esse tema com o [secretário estadual da Juventude e ex-secretário nacional de Esporte] Lars Grael e acho que tem de ser alguém ligado ao esporte", disse Paula, que ontem se mostrou bastante emocionada durante a cerimônia, chegando a chorar em determinados momentos.
Outro assunto que terá a atenção de Paula será a produção de uma lei de incentivos fiscais.
Já a nova administradora do Centro Olímpico, a ex-jogadora de vôlei Ana Moser, 34, ao lado de suas novas responsabilidades, seguirá também na coordenação dos núcleos de Heliópolis, Indaiatuba e Vinhedo do Centro Rexona de Excelência do vôlei.
"No Rexona, fazemos o trabalho de iniciação esportiva. Nosso principal objetivo é tirar as crianças e os jovens das ruas e dar noções de cidadania a eles. Já no Centro Olímpico, o foco é a competição", refletiu Ana Moser.
Uma das metas de Nádia Campeão é o aumento do número de modalidades no Centro Olímpico. "Estamos planejando a implantação de pelo menos mais duas modalidades, o tênis de mesa e o levantamento de peso", explicou ela, que acrescentou trabalhar em convênios com a Universidade de São Paulo, que forneceria estagiários, e com federações estaduais, que cederiam técnicos.


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