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FUTEBOL
Lanterna, time leva 2 a 0 do São Caetano e segue sem pontos no Brasileiro-06, mas dirigente e técnico negam crise
Com reservas, Palmeiras perde mais uma
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao perder ontem pela quarta
vez no Brasileiro-2006, de 2 a 0,
para o São Caetano, o Palmeiras
banalizou a crise do seu futebol.
Lanterna da competição, sem
nenhum ponto conquistado, o time não viu protestos veementes
da torcida nem medidas drásticas
por parte de sua diretoria.
Ameaçado de cair para segunda
divisão do Nacional, o clube escalou os reservas ontem. E a equipe
voltou a ter um rendimento ruim.
Dos titulares, só Sérgio e Corrêa
foram escalados -a comissão
técnica alegou desgaste de Edmundo, Gamarra e Paulo Baier.
Foi a chance para os atletas do time B, tão exaltado por cartolas.
Mesmo assim, a equipe errou
quase o mesmo número de passes
de outras partidas no Brasileiro.
Foram 55, contra a média de 57
dos outros jogos. E concluiu 15 vezes a gol, quando em outros jogos
tinha média de 17 arremates.
"Contra o Santos, escalei todo
mundo e também perdemos. O time até começou bem hoje", afirmou o técnico interino Marcelo
Vilar. Ele pode ser substituído durante a semana, mas, com a falta
de opções no mercado, tem chance de permanecer para a partida
diante do Cruzeiro, no Parque
Antarctica, no próximo domingo.
Sua decisão de poupar titulares
foi aprovada pelo diretor de futebol Salvador Hugo Palaia. "O Palmeiras não está em desespero",
disse o cartola, sobre a ameaça de
cair para a Série B.
A equipe completou um mês
sem ganhar: a última vitória foi
em 9 de abril, ainda pelo Paulista.
No Brasileiro, já sofreu 13 gols,
média de 3,25 por partida. Vilar
continua sem vitórias após quatro
jogos no comando do alviverde.
No início do jogo, os reservas
palmeirenses mostravam disposição, atacando mais do que o São
Caetano. O time apostava nos
avanços dos laterais Ilsinho e Michel, mas o meio-de-campo não
conseguia criar boas jogadas.
Sem ser brilhante, o São Caetano marcava melhor e apostava no
ex-corintiano Élton para puxar os
contra-ataques. A partir dos
30min, o meio-campista começou a ser o fator de desequilíbrio.
Aos 35min, Corrêa e Thiago Gomes se atrapalharam, e Élton roubou a bola, driblou e chutou para
gol. Sérgio deu rebote, o qual Marabá aproveitou e abriu o placar.
Animado, Élton passou a levar
vantagem em todos os lances sobre a defesa. Aos 39min, recebeu
em velocidade, diante de um lento
Thiago Gomes. Driblou Sérgio e
caiu no choque com o goleiro,
mas conseguiu se levantar e tocar
para as redes: 2 a 0.
Antes do intervalo, a torcida
palmeirense começou a protestar
contra a equipe. As reclamações
dos torcedores foram a tônica do
segundo tempo da partida.
Com dois novos jogadores, Ricardinho e Francis, o meio-de-campo seguia improdutivo. O time apelava para cruzamentos na
área, com finalizações pífias -o
goleiro Luis quase não trabalhou.
O São Caetano levava mais perigo
em contra-ataques e bolas aéreas.
Quase marcou mais duas vezes.
Ao final, o Palmeiras protagonizou uma cena patética. Sérgio
partiu para o ataque, em lance de
cruzamento. Ficou no setor ofensivo até o fim da partida, sem conseguir a cabeçada.
"É o pior momento do clube
desde que estou aqui", afirmou o
volante Corrêa.
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