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Joanna obtém índice para a Olimpíada
DA ENVIADA AO RIO
João Reynaldo, o Nikita,
procurou um a um os técnicos adversários e fez um
pedido: apoio a sua pupila.
Quando a nadadora surgiu
atrás do bloco de largada
para os 400 m medley, as
equipes gritaram "Vai,
Joanna", saudação guardada só para seus atletas.
Da raia 4, Joanna Maranhão ouviu e correspondeu. Em sua última chance
de voltar à Olimpíada na
prova que a consagrou em
2004, a nadadora cravou
4min44s66. O tempo, melhor marca de sua carreira
desde os Jogos de Atenas,
a colocou em Pequim.
"Meu tio Sérgio, antes
de morrer, deixou carta
pedindo o índice. Hoje, sonhei com ele e vim mais
fortalecida. Ouvi os clubes
vibrando. Se não fosse pelo apoio de todos, não daria a volta por cima."
Desde que atingiu o
quinto lugar em Atenas,
maior feito da da natação
feminina do país, Joanna
amarga maus resultados.
Neste ano, divulgou ter sofrido suposto abuso sexual
por um ex-técnico. Desde
então, encara processo
movido pelo agressor e
maus treinos.
"Quando contei, me livrei de um peso. Minha
marca é boa para o processo. A defesa diz que inventei para justificar má fase."
Joanna obteve o terceiro índice feminino nas eliminatórias de ontem
-Flávia Delaroli e Fabíola
Molina tinham vagas.
As surpresas começaram com Dayara de Paula,
18, que cravou 59s30, novo
recorde sul-americano
nos 100 m borboleta. Na
segunda série após sua
prova, Gabriella Silva, 19,
marcou 58s90.
"Eu estava quase chorando de tão nervosa, tive
de me controlar", disse
Gabriella, que deu dois tapas no próprio rosto antes
da largada da prova.
Mariana Brochado, por
seu lado, desistiu de nadar
hoje os 200 m livre.
(ML)
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