São Paulo, quinta-feira, 08 de maio de 2008

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Joanna obtém índice para a Olimpíada

DA ENVIADA AO RIO

João Reynaldo, o Nikita, procurou um a um os técnicos adversários e fez um pedido: apoio a sua pupila. Quando a nadadora surgiu atrás do bloco de largada para os 400 m medley, as equipes gritaram "Vai, Joanna", saudação guardada só para seus atletas.
Da raia 4, Joanna Maranhão ouviu e correspondeu. Em sua última chance de voltar à Olimpíada na prova que a consagrou em 2004, a nadadora cravou 4min44s66. O tempo, melhor marca de sua carreira desde os Jogos de Atenas, a colocou em Pequim.
"Meu tio Sérgio, antes de morrer, deixou carta pedindo o índice. Hoje, sonhei com ele e vim mais fortalecida. Ouvi os clubes vibrando. Se não fosse pelo apoio de todos, não daria a volta por cima."
Desde que atingiu o quinto lugar em Atenas, maior feito da da natação feminina do país, Joanna amarga maus resultados. Neste ano, divulgou ter sofrido suposto abuso sexual por um ex-técnico. Desde então, encara processo movido pelo agressor e maus treinos.
"Quando contei, me livrei de um peso. Minha marca é boa para o processo. A defesa diz que inventei para justificar má fase."
Joanna obteve o terceiro índice feminino nas eliminatórias de ontem -Flávia Delaroli e Fabíola Molina tinham vagas.
As surpresas começaram com Dayara de Paula, 18, que cravou 59s30, novo recorde sul-americano nos 100 m borboleta. Na segunda série após sua prova, Gabriella Silva, 19, marcou 58s90.
"Eu estava quase chorando de tão nervosa, tive de me controlar", disse Gabriella, que deu dois tapas no próprio rosto antes da largada da prova.
Mariana Brochado, por seu lado, desistiu de nadar hoje os 200 m livre. (ML)


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