São Paulo, sábado, 08 de maio de 2010 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Com sobras no ataque, Santos testa defesa fraca
Clube estreia no Brasileiro fora de casa, diante do também ofensivo Botafogo
DANIEL BRITO ENVIADO ESPECIAL A SANTOS Os 103 gols marcados nesta temporada, os dribles desconcertantes de Robinho, os passes milimétricos de Paulo Henrique Ganso e as finalizações certeiras de Neymar escondem um problema crônico que assola o Santos e pode voltar a incomodar hoje, na estreia do time no Campeonato Brasileiro. Às 18h30, o atual campeão paulista estará no Rio de Janeiro para desafiar o Botafogo, campeão carioca, no Engenhão. O setor defensivo do Santos entra na competição mais importante do ano com a incômoda média de 2,25 gols sofridos nas últimas quatro apresentações. O Santo André anotou cinco nas duas partidas da decisão do Paulista. Os demais tentos saíram dos dois duelos contra o Atlético-MG, pelas quartas de final da Copa do Brasil. Nos 31 jogos que fez em 2010, o time de Dorival Júnior saiu de campo sem ter sido vazado em apenas oito oportunidades. E aí estão incluídas as duas partidas contra Naviraiense (MS), Remo (PA), Monte Azul (SP). O São Paulo é o único adversário de grosso calibre que não conseguiu vencer a retaguarda santista neste ano. Foi no jogo de volta da semifinal paulista, em 18 de abril, na Vila Belmiro, com vitória do Santos por 3 a 0. Ao todo, foram 42 gols sofridos, o que significa que toda vez que entra em campo o time leva pelo menos um tento. A média de 1,35 chega a ser maior que a dos 31 primeiros jogos do ano passado, que foi 1,03. Estatística perigosa para quem encara hoje um ataque eficiente como o do Botafogo. O uruguaio Loco Abreu, o argentino Herrera e a revelação Caio ajudaram o time a ostentar média de 2,24 gols por apresentação na temporada de 2010. De acordo com o técnico Dorival Júnior, os números negativos não são motivo para preocupação. "Quando contamos com a colaboração dos homens do meio e do ataque para iniciar a marcação lá na frente, nossa defesa sofre menos", explicou. "Se continuarmos contando com a participação deles [meias e atacantes], não tenho receio do desempenho da minha defesa. Temos dois grandes zagueiros [Durval e Edu Dracena] e uma frente de área irrepreensível com Arouca." Robinho corroborou com a tese. "Muitas vezes um gol sofrido não é culpa da defesa, mas dos atacantes que não marcaram. Como somos muito ofensivos, é preciso marcar o adversário desde lá na frente para não sobrecarregar nossa zaga." Texto Anterior: Brasileiro sente efeito das Copas de 2010 e 2014 Próximo Texto: Neymar tem chance final de se mostrar para Dunga Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |